Ao colocarmo-nos como criadores ou responsáveis por nossas vidas, saímos do paradigma de que as doenças surgem para nos derrubar e começamos a vê-las como resultado da nossa inconsciência, como parte do jogo da vida, e ao mesmo tempo, da falta de amor por nós próprios e do consequente auto-abandono. A doença surge como uma oportunidade para mudarmos algo em nossa vida, para nos conhecermos melhor, para olharmos para dentro e liberarmos a carga que estiver associada a esse mal estar.
A grande questão é que estamos condicionados, habituados a
ser vitimas, viciados em olhar para fora, em atribuirmos a responsabilidade de
nossos males aos outros, ao mundo. Quando adoecemos procuramos atribuir a causa
do nosso sofrimento a pessoas ou alimentos que não ingerimos ou ingerimos em
excesso, em vez de nos questionarmos porque temos necessidade de tal pessoa ou
de tal alimento. Na presença de amor incondicional por nós mesmos e pelos
outros, essas necessidades ou vícios desaparecem.
É frequente encontramos pessoas que se queixam dizendo: eu
sou hipertenso, eu sou diabético! Embora a minha atividade como consultor
metafísico não esteja relacionada com a cura de doenças, quando encontro alguém
se identifica tanto com uma doença, a ponto de dizer que é isto ou aquilo, a
primeira coisa que faço é mostrar-lhe que enquanto ela se encontrar
identificada com a doença, ninguém a poderá ajudar, por muito bom profissional
que seja.
Pessoalmente apenas me limito a ajudar as pessoas a curarem-se
a si mesmas. Ajudo-as a reequilibrarem-se energéticamente, a reencontrarem-se e
reassumirem o seu papel de criadores conscientes de suas próprias vidas. Deixo que
a medicina cuide de suas doenças.
Até ao século passado a doença era vista como um mal que invariavelmente
conduzia à morte do organismo. Hoje apesar da grande maioria da população
mundial ainda ser condicionada a pensar do mesmo modo, existem cada vez mais
pessoas portadoras de doenças que, sabem que estas são o reflexo de desequilíbrios
emocionais e energéticos.
Imaginemos uma marionete. Sem uma mão por cima que a faça mover, perde
todo o encanto e, sobretudo perde a vida. Assim somos nós. Perdemos o contato
com essa mão (nós mesmos, para além do corpo), vivemos na mente, plenamente
identificados com o corpo e adoecemos. Eu sou um corpo... Nada mais longe da verdade última, eu tenho um
corpo! Então se eu tenho um corpo, quem sou eu? Sou aquele que faz mover o
corpo, como a mão no caso da marionete! O corpo e a mente fazem parte de nós
embora, não seja aquilo que nós somos a um nível mais profundo. Quando não
habitamos plenamente nosso corpo e perdemos o contato com o momento presente,
acontecem acidentes, doenças inesperadas, etc.!
A doença mostra-nos uma parte da nossa consciência onde existem
tensões, uma parte do nosso corpo energético em desequilíbrio. Ao interpretarmos
as mensagens que o corpo nos está a fornecer e ao eliminarmos as respectivas
tensões, que muitas vezes correspondem a emoções reprimidas, restauramos uma
parte importante da nossa consciência e por consequência a saúde.
Talvez você não acredite em nada do que está a ler. Está no
seu direito. O mesmo sucedeu comigo durante muitos anos até que um dia, em
função de dificuldades que passei e que incluíram a cura de um familiar próximo
(não a cura da doença, porque mais de vinte anos volvidos, infelizmente ainda
não tem cura), tive a necessidade de procurar respostas diferentes das
tradicionais para o que me afligia. Foi quando “iniciei” o caminho que me
trouxe ao que sou hoje!
Esta experiência confirmou-me o que as pessoas como os Drs.
Edward Bach e Ryke Geerd Hamer e a
pioneira Louise Hay, entre outros, propõem em suas abordagens: Se curarmos a pessoa,
provavelmente algumas das doenças que nos afligem tem tendência a melhorar significativamente,
senão mesmo a desaparecer, uma vez que não encontram mais combustível para se
continuarem a propagar.
De forma muito grosseira e infantil é como se o corpo fosse
uma bexiga (para os portugueses, um balão) que vamos enchendo através de
pensamentos e emoções até ao ponto em que estoura. Nesse momento a doença
manifesta-se no corpo físico. O ar que sopramos, tal como os pensamentos que
temos, também não é visível, porém, chega um momento que não cabe mais dentro
da bexiga e aí...
De outra maneira igualmente básica podemos imaginar o nosso
corpo como o resultado de complexas misturas de substâncias químicas em
permanente interação. Quando emitimos qualquer pensamento o cérebro segrega os
chamados neuropeptídios que se vão adicionar aquelas substâncias. Também as
emoções afetam o equilíbrio bioquímico através do lançamento de substâncias no
organismo.
Imaginemos agora o que pensamentos e emoções negativas,
repetidas obsessivamente durante anos poderão provocar no organismo. Possivelmente
conduzirá ao mesmo que você irá alcançar se for colocando continuamente sal na
sopa...
Estas analogias são primárias, mas ilustram com simplicidade
o mecanismo da perda da saúde a um nível metafísico. Se curarmos as pessoas elas
irão emitir naturalmente pensamentos equilibrados e irão também, expressar suas
emoções adequadamente. Ao fazê-lo sua saúde irá melhorar substancialmente! O drama é que queremos continuar a pensar e a
fazer o mesmo e, a esperar que as doenças desapareçam!
Aprendamos com as crianças a ser um canal através do qual as
emoções fluem, sem serem retidas, e deixemos de ser uma bexiga que vai enchendo
cada vez mais, até um dia não aguentar e... Uma criança quando está triste,
chora e quando sente raiva, grita, bate com os pés, etc. e passado um pouco
está de novo feliz. E nós que fazemos?
Você conhece alguém que vinte anos após a morte de um ente
querido ainda sofre intensamente com essa “perda”? Que será que essas emoções
retidas por tanto tempo irão provocar?
Alerta! Nada se resolve com o esquecimento ou com o passar
do tempo! Se não forem acessadas as memórias celulares e limpas as cargas acumuladas
em experiências passadas, a médio ou longo prazo, aparecerão em nosso corpo
físico sinais resultantes dessas tensões guardadas! Mesmo que já tenhamos
compreendido, ou perdoado o que aconteceu...
Reflexões:
- Porque fazemos higiene corporal e caseira diariamente e
passamos a vida inteira sem fazer higiene mental e emocional?
- O que sucede ao fim de um mês se não tomarmos banho? Não suportamos
mais o cheiro de nosso corpo... E o que acontece
ao nosso corpo se não fizermos a limpeza mental e emocional?
- Porque valorizamos mais uma máquina de lavar roupa do que uma
ferramenta de auto-limpeza mental e emocional?