sábado, 27 de abril de 2013

Como a Tpt pode ajudar no relacionamento entre pais e filhos

Os relacionamentos entre pais e filhos foram, são e serão sempre um tema atual.


Pessoalmente poderia dividir em dois grupos os pais que me contatam a solicitar ajuda através da TpT. Um dos grupos constituído pelos pais que assumem a co-responsabilidade pela maioria das dificuldades que enfrentam no relacionamento com seus filhos, e o outro formado por todos aqueles que reclamam dos filhos, culpabilizando-os por tudo o que lhes desagrada.


Os primeiros conseguem, através dos processos adequados de TpT, harmonizar o seu ambiente familiar ao fim de algumas sessões. Já os do segundo grupo, na maior parte das vezes, desistem após o primeiro contato. Estas linhas são dedicadas em especial a eles.


Educar os filhos em liberdade é algo que só está ao alcance daqueles pais que vivam essa mesma liberdade. Feliz ou infelizmente não existe manual explicativo sobre como o fazer.


Quando éramos crianças conseguíamos naturalmente expressar e liberar com facilidade aquilo que sentíamos, até que nos ensinaram a guardar o que sentimos, pensamos, etc.


A melhor maneira de aperfeiçoarmos a relação com nossos filhos passa pelo aperfeiçoamento da relação conosco mesmos, alcançando a nossa própria liberdade pessoal.


Apesar da questão do “conhece-te a ti mesmo” ser milenar, a grande maioria da humanidade ainda insiste em viver focada no exterior, no outro, responsabilizando-o por seus males ou tentando modificá-lo e controlá-lo a seu jeito.


Por muito que possa parecer inverossímil , o paradigma relacional da co-responsabilização, considera que todos os intervenientes num cenário familiar, estão de alguma forma, de acordo em co-criar todos os momentos de dificuldade em suas vidas. Nele, todas as partes envolvidas têm o mesmo nível de responsabilidade.


Ainda de acordo com este modelo, devemos considerar os diversos tipos de dificuldades que podem surgir nas relações entre pais e filhos, incluindo a importância da questão da individualidade e do livre arbítrio.


Entre as dificuldades podemos incluir comportamentos,

  • considerados “indesejáveis” como, gritar aos pais
  • aditivos como, vicio em computadores, celulares, televisão, drogas, álcool, etc. ou,
  • considerados “normais” como ser verdadeiro e vulnerável, comunicando o que se sente e se pensa.

Este ultimo aspecto, apesar de ser sinônimo de liberdade, própria de uma criança “normal”, infelizmente ainda é reprimido por muitos pais conduzindo a imensas dificuldades mútuas, por exemplo, quando os pais os induzem a fazer cursos que dão (dinheiro) desviando-os das suas verdadeiras vocações.


Para quem ainda não conhece recomendaria muito a assistir o filme: “Os 3 idiotas” em:

www.youtube.com/watch?v=O_H68ca1WG8


Poderemos ainda incluir entre as dificuldades, aquelas que resultam da necessidade de conviver com algum tipo de doenças infantis e que, muitas vezes se perpetuam ou deixam marcas para o resto da vida, como otites e amigdalites de repetição que hoje são modernamente resolvidas através de extração (fácil e absurda solução se considerarmos a sua origem psicossomática, na maior parte dos casos), entre outras. Além de que grande parte das doenças que tem origem psicossomática começa bem cedo em nossas vidas, muitas vezes decorrente de stress relacional.  


Retomando o tema da responsabilidade é importante distinguir entre responsabilidade e culpa!


Quando nos sentimos culpados colocamo-nos como vítimas, impotentes, como se nada pudéssemos fazer para modificar a nossa vida. O sentimento de culpa foi inculcado em nosso inconsciente através da ação de uma Matrix mental que não percebemos.


Este aspecto conduz-nos também a uma visão dualista da vida, onde somos levados a pensar que não pode haver dois culpados por uma mesma situação.  Por este motivo temos a tendência de culpar os outros, do que nos incomoda. Ao fazê-lo pensamos que saímos do papel de culpado (responsável) com o álibi perfeito: como me posso responsabilizar pelos atos do meu filho? Ele é assim!


Assumamos a co-responsabilidade em todos os nossos relacionamentos, incluindo aquele que temos com nossos filhos!!! Ao fazê-lo pensaremos: o que é que posso fazer para melhorar a situação? 


Quando não gostamos do comportamento de um filho seria bom, antes de fazer qualquer outra coisa, observar e libertar o sentimento que ele gera dentro de nós. Causa-nos tristeza, raiva, algum tipo de desconforto?


Seguidamente seria importante comunicar-lhe o que pensamos, mas sem projetarmos os sentimentos (carga) negativos, estando ao mesmo tempo abertos e receptivos para escutar seus pontos de vista. Às vezes estamos falando com carinho, mas interiormente, além de o fazermos sentir errado, estamos projetando raiva, irritação ou qualquer outra emoção, que o leva a reagir, apesar das nossas bonitas palavras.  Este é um dos motivos principais pelo qual as nossas conversas muitas vezes não resultam.   


Um bom exemplo da co-responsabilidade sucede quando nós ensinamos nossos filhos a mentir e depois os culpamos por mentirem!!! Eles contam-nos uma experiência que tiveram , nós discordamos, damos uma lição de moral e dizemos que não queremos que se volte a repetir... Posteriormente depois de repetirem a mesma experiência, contam-nos uma historia de nosso agrado e nós ficamos contentes por eles terem mudado ... Um dia, vimos a saber que fomos enganados e aí, ai de nós termos alguma responsabilidade nisso, eles é que são mentirosos... e são, por medo de represálias...


Raros pais se perguntam: O que é que o meu filho está a ensinar-me? O que tenho a aprender com ele? (em lugar do tradicional – o que é que eu tenho que ensinar ou mudar no meu filho?


Como a TpT o pode ajudar a resolver as dificuldades com nossos filhos:


  • Com o objetivo de ajudá-los a serem eles mesmos, são propostos processos terapêuticos, para harmonizar e reequilibrar o seu campo eletromagnético, eliminando tudo aquilo que não é deles como, por exemplo, emoções negativas retidas.
  • Através de outros processos terapêuticos é efetuada a harmonização da relação entre os pais e o filho, resgatando a paz interior, a liberdade e o amor incondicional, pela libertação dos apegos e das cargas acumuladas por ambos no passado, passando a ser cada um aquilo que é, deixando o outro ser!
Devo dizer, em abono da verdade, que inicialmente quase todos desconfiam do método, o que é bem compreensível se tivermos em linha de conta que a TpT ainda é desconhecida do grande público. Como tudo o que é novo, representa uma atração, mas ao mesmo tempo, sobretudo através de internet, levanta muitas dúvidas.

Os resultados (leia-se harmonização dos relacionamentos) alcançados através da TpT na maioria dos casos são excelentes. A rapidez de resolução depende da gravidade de cada caso e do empenhamento de quem vai fazer os processos.


Lembremos que a um nível mais profundo tudo está sempre perfeito como está, em cada momento e que cada um de nós também faz sempre o melhor que está ao seu alcance em cada momento, incluindo nossos filhos!

terça-feira, 16 de abril de 2013

Despertar

Quando deixou o bosque onde Buda o Perfeito, ficara, e onde Govinda ficara também, Siddharta sentiu que ele próprio deixara igualmente no bosque a sua vida anterior. Enquanto seguia, devagar, o seu caminho, a sua cabeça não pensava noutra coisa. Refletiu profundamente, até essa sensação o avassalar por completo e chegar a um ponto em que reconheceu causas – pois reconhecer causas, parecia-lhe, era pensar, e só através do pensamento as sensações se tornam saber e, em vez de se perderem, tornam-se reais e começam a amadurecer.


Siddharta refletiu profundamente, enquanto seguia o seu caminho. Compreendeu que já não era um jovem e, sim, um homem, compreendeu que algo o deixara, como a pele velha de que uma serpente se despe. Uma coisa o abandonara, uma coisa que o acompanhara durante toda a juventude e fora, por assim dizer, uma parte dele próprio: o desejo de ter professores e ouvir os seus ensinamentos. Abandonara o maior mestre que jamais conhecera até esse, o maior e mais sábio de todos, o mais santo, o Buda. Tivera de deixá-lo; não pudera aceitar os seus ensinamentos.


Vagarosamente, o pensador continuou o seu caminho e perguntou-se: “Que querias tu aprender com ensinamentos e mestres, e que coisa era que, embora te ensinassem muito, não te conseguiram ensinar?” E pensou: “Era o Eu, cujo caráter e natureza eu desejava conhecer. Queria libertar-me do Eu, conquistá-lo, mas não fui capaz, consegui apenas iludi-lo, consegui apenas fugir dele, consegui apenas esconder-me dele. Em verdade, nada neste mundo tem ocupado tanto os meus pensamentos como o Eu, este enigma, o fato de eu viver e ser único, e separado, e diferente, de todos os outros, o fato de ser Siddharta, e de não saber menos acerca de nada no mundo do que acerca de mim próprio, de Siddharta.”


Seguindo vagarosamente o seu caminho, o pensador estacou, de súbito, dominado por esse pensamento, do qual outro emergiu imediatamente: “A razão porque não sei nada a respeito de mim próprio, a razão porque Siddharta me permaneceu estranho e desconhecido, deve-se a uma coisa: tinha medo de mim próprio, fugia de mim próprio. Procurava Brame, procurava Atman, desejava destruir-me, libertar-me de mim, a fim de encontrar o âmago desconhecido de mim mesmo o núcleo de todas as coisas – Atman, Vida, Divindade, Absoluto. Mas, ao proceder assim, perdi-me no caminho.”


Siddharta olhou para cima em seu redor, e no seu rosto alastrou um sorriso, enquanto uma forte sensação de despertar de um longo sonho permeava todo o seu ser. Recomeçou imediatamente a andar depressa, como um homem que sabe o que tem que fazer.


“Sim”, pensou, a respirar profundamente, “nunca mais tentarei fugir de Siddharta. Nunca mais devotarei os meus pensamentos a Atman e ao sofrimento do mundo. Nunca mais me mutilarei e destruirei para encontrar um segredo oculto atrás das ruínas. Nunca mais estudarei yoga-Veda, Atharva-Veda, ou ascetismo, ou qualquer outra doutrina. Aprenderei comigo próprio, serei aluno de mim mesmo; Aprenderei comigo próprio o segredo de Siddharta.”


Olhou de novo em seu redor, como se visse o mundo pela primeira vez. O mundo era belo, estranho e misterioso. Havia azul, amarelo e verde, havia céu e rio, havia florestas e montanhas, tudo belo, tudo misterioso e fascinante, e no meio de tudo estava ele, Siddharta, o que despertara, a caminho de si mesmo. Tudo aquilo, todo aquele amarelo e azul, rio e floresta, passou pela primeira vez pelos olhos de Siddharta. Já não eram a magia de Mara, já não eram o véu de Maya, já não eram as diversidades fortuitas e sem sentido das aparências do mundo desprezadas pelos profundos pensadores brâmanes, que desdenhavam a diversidade e procuravam a unidade. Rio era rio, e se o Único e o Divino em Siddharta viviam secretamente em azul e rio, era apenas por a arte e a intenção divinas quererem que ali fosse amarelo e azul, ali céu e floresta – e aqui Siddharta. O significado e a realidade não estavam ocultos, algures, atrás das coisas; estavam nelas, em todas elas.


“Como fui surdo e estúpido”, pensou, enquanto caminhava apressadamente. “Quando alguém lê alguma coisa que deseja estudar, não desdenha das letras nem da pontuação, não lhes chama ilusão, acaso e invólucros sem mérito; lê-as, estuda-as ama-as, letra por letra. Mas eu, que desejava ler o livro do mundo e o livro da minha própria natureza, tive a presunção de desdenhar das letras e dos sinais de pontuação. Chamei ilusão ao mundo das aparências. Chamei acaso aos meus olhos e à minha língua. Mas agora se acabou; despertei. Acordei deveras e só hoje nasci.”


Mas, enquanto estes pensamentos desfilavam pelo pensamento de Siddharta, ele estacou, de súbito, como se uma serpente se atravessasse no seu caminho.


Outra coisa se lhe tornara, repentinamente, clara: ele, que de fato como alguém que tivesse acordado ou acabado de nascer, tinha de recomeçar completamente a sua vida, do principio. Quando, naquela manhã, deixara o bosque de Jetavana, o bosque do Sábio já desperto, já a caminho de si próprio, era sua intenção, e parecera-lhe a solução natural após os seus anos de ascetismo, regressar a casa do pai. Agora, porém, naquele momento em que estacou como se uma serpente se lhe atravessasse no caminho, acudiu-lhe outro pensamento: “Já não sou o que era, já não sou um asceta, nem um sacerdote nem um brâmane. Que farei, então, em casa com meu pai? Estudar? Oferecer sacrifícios? Meditar? Tudo isso acabou, já, para mim.”


Siddharta continuou imóvel e um frio de gelo envolveu-o momentaneamente. Estremeceu interiormente como um animalzinho, como um pássaro ou uma lebre, ao compreender como estava só. Havia anos que não tinha casa e, no entanto, nunca sentira o que sentia naquele momento. Anteriormente, quando mergulhava em profunda meditação, continuava a ser o filho de seu pai, um brâmane de alta hierarquia, um homem religioso. Agora era apenas Siddharta o desperto; mais nada. Respirou fundo e estremeceu de novo. Não havia ninguém tão só como ele. Não era um nobre que pertencesse a qualquer aristocracia, não era um artesão que pertencesse a qualquer guilda e nela encontrasse refugio, compartilhando a sua vida e a sua língua. Não era um brâmane compartilhando a vida dos Brâmanes, um asceta pertencendo aos Samanas. Ate mesmo o mais isolado eremita das florestas não era o único e sozinho, pertencia a uma classe de pessoas. Govinda tornara-se monge e milhares de monges eram seus irmãos, usavam o mesmo manto, compartilhavam as suas crenças e falavam a sua língua. Mas a que pertencia ele, Siddharta? Que vida compartilharia? Que língua falaria?


Nesse momento em que o mundo à sua volta se desfez, em que se encontrou sozinho com uma estrela no céu, avassalou-o uma sensação de gelado desespero, mas foi mas firmemente ele próprio do que nunca. Foi o ultimo espasmo do seu despertar, as ultimas dores do nascimento. Recomeçou logo a andar, rápida e impacientemente. Já não ia na direção de casa, já não ia para junto do pai, já não olhava para trás.

Extraído de: "Siddharta" por Herman Hesse - Editorial Minerva 2ª Edição - Reedição - Fevereiro 1996

sexta-feira, 12 de abril de 2013

A diverticulite e suas possiveis causas psicoemocionais

Dedico estas linhas ao meu amigo João que se encontra há algum tempo sofrendo de diverticulite.


Quem já conhece as matérias que eu escrevo, sabe que os pontos de vista aqui expostos não pretendem substituir a tradicional abordagem médica, mas completá-la. Assim, se sofre de diverticulite, a primeira coisa que deve fazer é procurar um médico de sua confiança.

De acordo com a Wikipedia, a diverticulite é uma inflamação dos divertículos presentes no intestino grosso. 95% dos divertículos encontram-se no cólon sigmóide.


Quando há a obstrução de algum divertículo por fezes ou alimentos não digeridos, inicia-se um processo inflamatório no divertículo, que em seguida evolui para um processo infeccioso, o que se denomina diverticulite.


Os sintomas da diverticulite que são mais graves e geralmente aparecem subitamente, mas podem piorar em poucos dias são:


  • Sensibilidade, geralmente na parte inferior esquerda do abdome
  • Inchaço ou gases
  • Febre e calafrios
  • Náusea e vômito
  • Falta de fome e alimentação insuficiente

Observemos agora o significado metafísico da diverticulite, a partir da definição acima.


Há três palavras que podem ser consideradas chave e que fazem parte de um perfil biopsicoemocional da diverticulite:  inflamação, infecção e intestino, para as quais procurarei dar de forma sucinta o seu significado psicoemocional.


A inflamação reflete medo e um estado colérico. Representa um modo de pensar exaltado. A inflamação apresenta-se frequentemente sob a forma de destruição de tecidos. Indica que o corpo se está a refazer após a resolução de um conflito. Se for recomendado deve tomar os respectivos anti-inflamatórios e ao mesmo tempo agradecer ao corpo essa cura em vez do habitual medo, pânico ou preocupação que muitas vezes são aumentados ao ouvirmos opiniões de pessoas à nossa volta.


A infecção resulta de sentimentos de irritação, raiva e aborrecimento. É um sinal de fragilidade, característica de pessoas que são vulneráveis a pensamentos, palavras e ações de outros, que não lhe interessam e que literalmente a queimam. São pessoas tipicamente pessimistas que não reconhecem a sua própria força e capacidade de se afirmarem, deixando de lutar e que dizem coisa como “O que é que isso interessa?”. Podem ser também pessoas que se sentem sujas e que por isso não se aceitam, sentindo-se fracas e desprezíveis.


É importante nestas situações não se deixar agredir pelos outros. Caso se encontre nesta situação observe quem o agride. È o medo da agressão que atrai esse tipo de pessoas ou circunstâncias agressivas. Muitas vezes esta agressividade não existe do ponto de vista do agressor. Estas pessoas devem resgatar a sua força interior e deixar de acreditar que precisam de se mostrar fracas, frágeis ou vulneráveis para obterem atenção e amor.     


Os intestinos estão relacionados com a assimilação, absorção e fácil eliminação, representando a descarga dos dejetos.  São o reservatório de tudo aquilo que o corpo não precisa.


Neste caso falarei apenas do intestino grosso, cujos problemas são reflexo de:


  • medo que a pessoa  tem de se desapegar de idéias e crenças velhas e obsoletas ou
  • rejeição de pensamentos que  lhe poderiam ser úteis. 

Estes posicionamentos são próprios de pessoas que sofrem grandes contrariedades que acham impossíveis de digerir. Dizem “Isto me aborrece" em vez de olhar o lado bom da pessoa ou da situação que desperta o seu medo das carências.

A mensagem que alguns problemas intestinais dão é de que a pessoa deve reaprender a cultivar bons pensamentos,  libertando os habituais medos e pensamentos depreciativos. Precisa libertar o antigo para dar lugar ao novo. Também os pensamentos de carência que tenha acerca do seu mundo material, precisam ser substituídos por pensamentos de confiança e fé, além obviamente de ação, se as carências forem reais.


A definição metafísica de outras palavras como inchaço (pensamentos negativos e criação de idéias que fazem sofrer), gases (medo, idéias mal resolvidas, esta a agarrar-se a alguma situação), febre (raiva ou sentir-se explodindo de raiva), náuseas (medo e rejeição de uma idéia ou experiência) e vômito (medo do novo, violenta rejeição de idéias) que fazem parte do quadro sintomático da diverticulite também podem trazer mais luz a todos aqueles que sofram desta doença ou, conheçam alguém que sofra.


Observar, reconhecer e aceitar alguns padrões de pensamento em nós mesmos  nem sempre é fácil, se o fosse  provavelmente nem estaríamos a sentir-nos mal.


Sobretudo não estamos habituados a estabelecer uma relação entre o que pensamos, sentimos e as manifestações físicas no corpo.


Este é um dos paradigmas do novo mundo embora não constitua nenhuma novidade. A célebre frase inscrita no templo de Delfos, na Grécia:


“Conhece-te a ti mesmo”

tem sido esquecida e falada apenas nos compêndios de filosofia e mais recentemente por alguns autores de livros de autoajuda,


Conhecermo-nos a nós mesmos passa por sabermos que quando experimentamos raiva (emoção quente que produz ondas de calor), estamos a sobre aquecer certos órgãos do nosso corpo que, dessa forma, entram num processo de doença.  A medicina chinesa já fala do prejuízo do excesso de calor nos órgãos, há milhares de anos.


Experimentar raiva é um processo natural e é diferente de retê-la, guardá-la, que resulta de um condicionamento a que fomos sujeito desde bem cedo em nossas vidas.


Ao guardarmos a raiva vamos criar condições para posteriormente   surgirem inflamações e/ou infecções.


Caso sofra de diverticulite e não saiba o que fazer ou, esteja a fazer há algum tempo um tratamento do qual ainda não viu resultados satisfatórios, experimente harmonizar os aspectos psicoemocionais que se encontram na sua origem, eventualmente utilizando também alguma fito terapia, e aumentará com certeza as possibilidades de cura.

terça-feira, 2 de abril de 2013

O Descondicionamento como remédio para o alívio dos estados emocionais desagradáveis que vivenciamos no dia a dia



A verdade pode ser encontrada na simplicidade, nunca na multiplicidade e confusão das coisas.
- Isaac Newton

Se o leitor já vivenciou alguma vez, estados emocionais desagradáveis que permaneceram durante algum tempo e, gostaria de saber como se livrar deles em possíveis futuras ocasiões, talvez esta matéria lhe possa ser muito útil. Afinal quem não passou ainda por tais situações? Acredito que poucas pessoas!

Algumas vezes ficamos preocupados com o que está a acontecer, procurando as razões ou os motivos porque nos estamos a sentir assim. Outras vezes sabemos ou achamos que sabemos as razões do nosso sofrimento mas, não sabemos o que fazer.

Com freqüência procuramos um amigo próximo, de preferência daqueles que já conhecemos da infância ou dos que sabem muito de terapias... e desabafamos com ele sempre que nos sentimos desconfortáveis. Recorremos ao nosso conselheiro íntimo e, se ele nos souber escutar, sentimos um alívio, o que é ótimo!

Se estivermos a sentir algo para o qual esse amigo não tem disponibilidade ou competência para nos ajudar, procuramos um profissional que vai-nos escutar, dar recomendações, ajudar a compreender a dificuldade e a lidar com ela.
 

Entretanto, não raro, o profissional vira nosso confidente e amigo. Aliás, é comum encontrarmos pessoas que visitam o mesmo profissional há, 3, 4, 5 e mais anos. Pode ser excelente do ponto de vista humano, porém ficamos, na maior parte destes casos, longe da verdadeira resolução das questões.

Convém lembrar que aliviar, compreender, aprender a lidar, ou fazer aquilo que alguém nos diz ser o melhor, relativamente a uma qualquer situação desagradável que estejamos da experimentar é bastante diferente de resolvê-la!!!!

Muitos de nós em função da enorme necessidade de atenção que temos, sobretudo se tivemos uns pais muito carentes ou protetores, na hora em que sentimos alguma dificuldade temos a tendência a procurar alguém que nos dê essa mesma atenção e proteção. Repetimos o padrão!

Na próxima vez que sentir algum desconforto emocional, uma angústia, tristeza, raiva, ódio, medo, etc., proponho-lhe que experimente o seguinte procedimento:

a - Sente-se (se não estiver muito cansado, pode também deitar-se) confortavelmente e feche os olhos. Observe os pensamentos fluírem suavemente na sua mente. Não faça nada para os modificar, procurando esvaziar a mente, colocando a atenção na respiração, ou qualquer outro método. Fique apenas como espectador do que estiver a acontecer.

b - Repita o seguinte pensamento:
(seu nome)... recorda ... (a emoção sentida),
Ex.: Maria recorda irritação.

No pensamento coloque o seu nome, como recomendado em vez de: eu recordo ou qualquer outra coisa.

Pense sem esforço. Não precisa compreender como vai funcionar, nem precisa se concentrar. Apenas repetir o pensamento.

c – Depois de repetir o pensamento faça uma pausa. Após alguns momentos repita de novo o pensamento seguido de uma nova pausa.

d – Continue a repetir este procedimento até se sentir bem. Nalguns casos a melhora é quase imediata, noutro pode demorar alguns minutos, poucas vezes mais de 20.

Durante o exercício dê um espaço de tempo entre os pensamentos. Pode acontecer que nesse intervalo de tempo entre pensamentos surjam momentos de paz, dispersão de pensamentos, etc. O que quer que suceda, quando se aperceber apenas retorne ao pensamento inicial e continue a partir daí.

Podem surgir também pensamentos agradáveis, críticos, etc. Podem vir recordações de eventos da infância, dores no corpo, sono, cansaço, vontade de chorar, etc. Ao aperceber-se, apenas volte a repetir o pensamento e prossiga.

Evite procurar compreender as razões do seu desconforto, no momento, pois irá interromper o exercício. Deixe as eventuais análises para o final quando se sentir bem.

As mudanças irão iniciar-se de imediato. Em certos casos pode começar por aparentemente “piorar” antes de melhorar, independentemente de acreditar ou não no funcionamento da técnica.

Ao experimentar a prática em algumas situações, irá adquirir confiança com este método tão simples e eficaz.

Estes exercícios podem igualmente ser feitos com os olhos abertos, em qualquer momento, exceto enquanto dirige.

Devido às limitações impostas pelo fato de este texto ser apenas de divulgação de uma prática, para a maioria, ainda desconhecida, a informação constante do mesmo, é bem generalista. Assim, é recomendável que este exercício seja utilizado apenas para situações esporádicas, não crônicas. 

Em casos crónicos, deve marcar uma sessão com um profissional com conhecimentos específicos do Descondicionamento, através de: contato@fernandobaptista.com.br, alguém que conheça bem, a teoria e a prática destes procedimentos e o possa orientar adequadamente.
Lembre-se que apenas conhece estes exercícios quem já os fez acompanhado por um profissional e, observou os seus resultados!!!

Apesar da simplicidade da técnica, se não se sentir à vontade ou não sentir confiança para fazer os exercícios sozinho, marque uma sessão prática através de: contato@fernandobaptista.com.br e aproveite também para esclarecer alguns aspetos sobre os quais possa ter dúvidas.

Esta abordagem não tem nada a ver com as tradicionais mentalizações, afirmações, programações, mantras, reprogramações, etc. embora possa parecer à primeira vista.

O conjunto dos exercícios e técnicas propostas constituem uma tecnologia de “auto-limpeza”, que sai do tradicional paradigma de dependência de terceiros, restituindo a liberdade e a responsabilidade da vida a cada um de nós.

Assim esta informação é especialmente dedicada a todos aqueles que se enquadrem no perfil acima. Pessoas determinadas que queiram melhorar verdadeiramente suas vidas, conhecer-se melhor e, estejam dispostas a fazerem o necessário para alcançar o que desejam.

A diferença para muitas outras abordagens é que com o Descondicionamento, devido à sua simplicidade, a pessoa ao fim de poucas sessões, conhece a técnica na prática, sabe como a aplicar e, entretanto já harmonizou ela mesma, alguns dos aspetos principais da sua vida.

A partir daí fica em condições de dar continuidade sozinha, podendo recorrer se necessário, de vez em quando, a uma ou outra sessão de orientação.

Se quer conhecer uma ferramenta que pode transformar a sua vida, não hesite e comece agora mesmo, marcando uma sessão inicial ou pedindo mais informações através de: contato@fernandobaptista.com.br.

Caso contrário, sempre tem a opção de pagar a alguém para lhe dar a atenção de que necessita, pelo resto de sua vida...

Nota: Este texto, devido às suas características de divulgação, apresenta apenas o nível mais superficial em que o exercício pode ser aplicado.

Quando nos libertamos do condicionamento mecânico, atingimos a simplicidade.
- Bruce Lee