terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Algumas razões que nos impedem de sermos felizes


Às vezes nas sessões que faço ou, nas matérias que escrevo, falo da necessidade de “separar” energeticamente as pessoas umas das outras, de desconectá-las para libertá-las e assim lhes permitir serem elas mesmas e serem felizes.

Tenho verificado que este tema é fonte de controvérsia devido aos mal entendidos gerados a partir da falta de um esclarecimento mais profundo sobre o mesmo. O tema da necessidade de “separação” energética causa muitas preocupações, sobretudo acerca das suas consequências. Duvidam se vão continuar a gostar ou não dessas pessoas de quem são “separadas”.

Podem ficar descansados todos aqueles que tiverem essa preocupação, porque passarão a sentir um amor incondicional por essas pessoas, em lugar do amor condicional, controlador, protetor, etc. que habitualmente sentem e confundem.

Por outro lado, em momento algum me referi a uma separação “física”ou seja, abandonar ou afastar-se de alguém, como premissa para se ser feliz. Bem pelo contrário, quando alguém não tem uma vida pacífica com outra pessoa, sempre proponho que continue junto até ter resolvido as desavenças que tem com essa pessoa e que... são sempre mútuas!!!

Para obter mais esclarecimentos sobre estes pontos de vista pode entrar em contato através de:  http://www.fernandobaptista.com.br/contato_12.html

Espero com este artigo trazer mais alguma luz sobre a importância de vivermos as nossas vidas em liberdade. Para isso é necessário, diria mesmo que é fundamental, desconectarmo-nos energeticamente de todas as pessoas com quem vivemos no momento, bem como de todas as que tiveram importância no nosso passado, como pais, professores, ex-marido, ex-esposa, etc.

A maioria de nós, por exemplo, nasce e morre sem nunca ter verdadeiramente desligado seu cordão umbilical de sua mãe! Quantos casamentos desfeitos por este motivo. Quantas pessoas vivem sós, muitas vezes até idade avançada sem abandonarem os pais, e sem conseguirem encontrar alguém para partilhar suas vidas... Para não falar de quantas doenças se poderiam evitar ...

Já recebi mães que vivem com filhos de quarenta anos e se queixam: o meu filho não sai de casa, não consegue arranjar uma namorada, quando arranja, acaba rápido... Porque será que isto acontece? Algumas sessões, desligando essa mãe energeticamente dos filhos, tem feito autênticos milagres em pouco tempo...

Recentemente num curso assisti a um episódio que considero interessante partilhar e que retrata bem a importância da separação energética dos pais. Num determinado momento um moço que tinha uns 18 anos e que está prestes a entrar na universidade para estudar engenharia civil comentou que o objetivo da vida dele era superar o pai. O professor questionou-o acerca desse objetivo ao que o rapaz esclareceu que o pai lhe tinha dito que só o iria reconhecer quando ele o tivesse superado...

Outro caso aconteceu há uns dias com uma mãe que se queixava de que o filho com treze meses ainda não andava nem falava. Fizemos umas sessões relacionadas com a experiência intra-uterina e o nascimento e em cerca de 8 dias após, todo mundo ficou abismado com o que aconteceu com o menino que corre por todo o lado e começou a falar duma forma bem desenvolta.

Esta mãe que vivia completamente obcecada com o seu filho tinha também uma relação difícil com o marido, além de estar em permanente conflito com a sogra, com quem nunca teve uma boa relação. Foi-lhe proposto fazer um trabalho entre o seu marido e sua sogra (a mãe do marido). Ao fim de uns dias a relação começou a mudar entre os três e, após algumas semanas o relacionamento ainda continua a melhorar dia a dia. De novo, a simples limpeza da experiência intra-uterina do marido, modificou de forma dramática o quadro do relacionamento entre estas três pessoas. Antes, a sogra era a mulher central da vida do marido, ocupando emocionalmente o lugar da esposa. A minha cliente apenas servia para aquilo que o seu marido não podia fazer com a sua mãe e pouco mais... As duas mulheres não se suportavam como se fossem duas concorrentes ao mesmo homem! E eram...

Tradicionalmente como se resolvem estas situações que são bem mais comuns do que se possa pensar? Quanto tempo (meses, anos) é necessário através de algumas abordagens convencionais para harmonizar um caso idêntico, colocando cada um desempenhando seu papel nesses relacionamentos? E aqui harmonizar não envolve qualquer tipo de pré-julgamento, pré-condicionamento, moral, etc. Simplesmente libertar as amarras que prendem os três, a partir de uma relação mãe/filho não resolvida. O resultado será o melhor para os três e corresponderá a três pessoas felizes.  

Esta abordagem não se encontra relacionada com algum ponto de vista meu em particular. O que eu possa pensar sobre o caso não é importante. Não é meu papel dizer o que as pessoas devem fazer, mas sim orientá-las para que elas saibam!!! Resulta antes da experiência ao longo de muitos anos onde verifiquei que sempre que efetuava estas separações energéticas todos ficavam mais felizes e os relacionamentos melhoravam drasticamente.

Voltando ao caso anterior, pode parecer inacreditável, mas é assim que muitos relacionamentos funcionam e qualquer resultado decorrente de algum trabalho que seja feito, que seja diferente daquele, corresponderá sempre a infelicidade para um dos elementos e será fruto de alguma manipulação ou da moral (assim ou assado é que está certo). Em muitas famílias existe um elemento, que sabe sempre o que é o certo e o errado e que tende a influenciar os intervenientes, procurando conduzir a situação para esse resultado certo.  
Cuidado com esses especialistas...

Até provas em contrário, o único resultado “certo” é aquele que beneficia as três partes.

Basicamente existem dois grupos de motivos que contribuem para que nos sintamos infelizes:
  •  Identificação com modelos ideais, o pai herói, a mãe modelo (guiar a nossa vida por essa pessoa)
  • Oposição por revolta, mágoa, etc. em relação a algum ou ambos os progenitores
Qualquer uma das situações gera pessoas infelizes porque em nenhuma das situações a pessoa está a seguir o seu próprio roteiro. Não está vivendo a sua própria vida.

Quantas pessoas existem que são bem sucedidas na vida, tem formação acadêmica, são casadas, têm boas casas, abundância de dinheiro e bens materiais e se sentem infelizes, sentem um vazio interior, uma angústia, etc. Porque será que isto acontece?  Na maior parte dos casos, porque não era bem aquilo que essas pessoas queriam fazer na vida.  

Provavelmente é o que irá acontecer ao moço do exemplo acima que vai viver em função de “superar” o seu pai... Um ego promovendo o desenvolvimento do outro.

O processo de desidentificação do “herói” (pai ou mãe) contribui também indiretamente, para que algumas doenças não se venham a manifestar no futura da linha descendente. 

Se é pai, ainda pode através da TpT mudar a forma de se relacionar com o seu filho. Como filho,  e independentemente de seus pais se encontrarem vivos ou não, também ainda está a tempo de se desligar deles e mudar a sua vida para melhor, arriscando-se a ser feliz!

sábado, 14 de janeiro de 2012

Sobre o alcoolismo


Há algum tempo atrás fui contatado por um homem que após uns minutos de conversa me confessou que já não bebia há mais de trinta anos, mas estava apavorado porque ia haver uma festa em breve, onde ele ia participar, e estava com medo de ter uma recaída, porque já tinha tido duas, anteriormente.

O homem tinha feito um tratamento há quase trinta anos e estava ainda ligado a uma organização dedicada à resolução dos problemas do alcoolismo. 

Estas palavras remetem-nos de novo para a questão da cura total ou da cura parcial. Quantas pessoas que passaram pelos diversos processos de tratamento conseguem lidar com o álcool de uma forma semelhante às pessoas que não passaram por essa situação?

Esconder o álcool não é definitivamente a solução para quem se diz curado, pelo contrário só reforça a idéia de que a pessoa não está curada.

Para resolver completamente a situação é necessário eliminar da mente e do corpo da pessoa envolvida todos os tipos de condicionamentos que a levaram a beber e também os que surgiram a partir do momento em que começou a beber.

Para o programa ser ainda mais completo, e assim assegurar um êxito total, deverão ser eliminados quaisquer tipo de medos em relação ao futuro, como por exemplo, o da recaída.  
Neste caso, podemos chamá-los de pré-condicionamentos.

O tempo para este trabalho ser efetuado, varia de acordo com a especificidade de cada situação.  Haverá casos em que a própria pessoa não tem condições para desenvolver o trabalho necessário de maneira a se poder garantir o sucesso do mesmo.

Aqui recomenda-se a utilização da TpT (Terapia para terceiros) através de alguém interessado em ajudar essa pessoa e disposto a fazer o que for necessário.

A pessoa que se oferece para ajudar um terceiro, precisa estar disposta a se doar completamente porque, em muitos casos, vai sentir tudo aquilo que a pessoa dependente do álcool habitualmente sente: cansaço, desânimo, frustração, todos os cheiros, o mal estar, etc.

Pode obter ajuda ou mais esclarecimentos através de: http://www.fernandobaptista.com.br/contato_12.html

De um modo geral as causas que podem levar ao alcoolismo são várias.

Muitas pessoas que se encontram dependentes do álcool têm histórias de alcoolismo na família, na maioria das vezes o pai e/ou o avô.

Nestes casos poderíamos dizer que existira uma predisposição “genética’ para tal acontecer.

Prefiro dizer que existe uma grande identificação com essa figura, de tal maneira, que a pessoa acaba por repetir o mesmo problema. O meu pai é o meu herói, então se ele bebe, eu vou fazer o mesmo que ele (de forma inconsciente, obviamente!)”.

Outro ponto de vista interessante é o fato de a maioria das pessoas que bebem, o fazerem por terem ou sentirem a garganta seca. Claro que nem toda a gente que tem a garganta seca vai beber, ou é dependente de álcool! Mas não deixa de ser um indicador interessante porque aí, na base da garganta, se encontra um centro de energia muito importante, além de ser a região onde se encontra a glândula tireóide.

Para quem não sabe quais os aspectos da consciência associados a esse centro de energia, refiro que ele se encontra relacionado com a escuta da intuição, a qual nos conduz com sucesso à realização dos nossos objetivos. Há quem diga que quem se encontra com esse centro em pleno funcionamento se encontra num estado de Graça, em que a vida flui, sem esforço, com naturalidade e abundância nos seus diversos aspectos, incluindo o material. Este centro funciona melhor quando aquilo que queremos é também aquilo que nos faz felizes. Tem a ver também com os aspectos do expressar-se livremente através da comunicação, acerca daquilo que é verdadeiro para si mesmo ou daquilo que lhe é intimo. No aspecto de receber, está relacionado com os braços e as mãos que representam a tentativa de alcançar algo e o possuir.

Assim, quem depende de bebida, é natural que possa ter tensões nestes aspectos da consciência.

Existirá uma sensação de futilidade no sentido de se auto-questionar: “de que adianta?” Ao mesmo tempo também, pode existir um sentimento de culpa por não estar a ser capaz de alcançar os seus objetivos.

Outro sentimento muito comum é o de auto-rejeição. Frases como: “és um burro”, “nunca vais chegar a lado nenhum”, tem sido relatados por muitos, como formas de humilhação enquanto crianças. Essas frases foram proferidas normalmente pelos pais das pessoas dependentes do álcool e nalguns casos são agora repetidas por estas pessoas aos seus próprios filhos.

Existem, além destes, outros motivos que podem levar a pessoa a beber e que terão que ser analisados caso a caso, embora os aspectos citados sejam os mais comuns, ou pelo menos, centrais.

Depois de a pessoa chegar ao álcool, inicia-se o processo de condicionamento ou de dependência física por repetição, através do cheiro, da entrada do álcool no sangue, da imagem dos símbolos relacionados com o álcool, do gosto do álcool, etc.

Desta maneira podemos observar que a um ou vários problemas emocionais iniciais, se junta um conjunto de condicionamentos físicos. Existem ainda alguns outros tipos de condicionamentos particulares que tem que ser tomados em conta em cada caso, como por exemplo, a relação que a pessoa dependente do álcool estabelece com outras pessoas com a mesma dificuldade, etc.

Enquanto todos estes aspectos não forem descondicionados na vida da pessoa dependente, dificilmente se poderá dizer que está verdadeiramente curada, e por consequência sem medo de recaída.

A pessoa retoma então a liderança da sua vida, podendo em alguns casos beber, quando tem verdadeira vontade. Ela domina a bebida, não é dominada por ela!

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Para que serve a formação?


Se a competência dos professores fosse medida pelo número de cursos frequentados, a qualificação dos professores seria extraordinária. Se a qualidade das escolas pudesse ser medida pelo peso dos certificados de acções de formação frequentadas pelos seus professores, aconteceria uma revolução em cada escola.

Os professores fazem cursos, acumulam certificados, sem que isso corresponda a mudança ou responda aos desafios que encaram na sala de aula. Uma pesquisa recente (1) revela que professores que fizeram muitos cursos não melhoraram o aprendizado dos seus alunos – “os docentes que frequentaram programas de capacitação não conseguiram que seus alunos obtivessem melhor desempenho no Saeb”.  

O estudo revela algo surpreendente: “quando se trata do ensino público e dos cursos de capacitação oferecidos aos professores dessas redes, a constatação é que eles não estão fazendo diferença no desempenho dos alunos, apesar de geralmente serem divulgados como uma das iniciativas para melhorar o ensino”. Esta preocupante realidade brasileira não difere de outras realidades. Em Portugal, após o incremento da formação continuada de professores, decorrente da institucionalização de um sub-sistema de formação e do investimento de milhões de euros, os resultados foram decepcionantes. Na prática, pouco ou nada se alterou na atitude dos professores, pouco ou nada terá mudado nas suas práticas.

O estudo efectuado no Brasil refere que “o professor vai, fica ouvindo sobre várias linhas pedagógicas e no fim não aprende nada que consiga usar”. Estas considerações são como o eco de lamentações que escutei, há muitos anos atrás, em Portugal:

“Fui educada para comer, ouvir e calar e a formação continuada tradicional é um massacre. As pessoas não podem ser pessoas e passam as horas a treinar-se em algo que lhes dizem terem de ser. Sempre gostei da formação, se eu a quiser. Gostaria de saber qual  é o segredo da Escola da Ponte, que oportunidades de formação são dadas aos professores da Ponte,  o que os faz serem diferentes.”

Porque falharam os programas de formação? Talvez porque se tenha insistido na crença da transferibilidade linear de saberes pretensamente adquiridos. Talvez porque se tenha esquecido que o modo como o professor aprende é o modo como o professor ensina. Que o modelo predominante da formação universitária é, por vezes, a negação do que se pretende transmitir e que a universidade é... a matriz. Talvez porque se descurasse a necessidade de criar dispositivos de auto-formação cooperativa, que rompessem com a cultura do isolamento e auto-suficiência que ainda prevalecem nas nossas escolas. Talvez...

Não será difícil caracterizar os programas de formação que serviram intuitos reformadores, mas que as escolas “reformaram”:

  •  os conteúdos e finalidades surgem sob a forma de módulos e etapas a percorrer, em função de modelos a reproduzir;
  •  a planificação é feita por serviços centrais;
  • existe uma relação de poder vertical explícita do formador (sujeito de formação) sobre o professor (objecto de formação);
  • a avaliação é certificativa;
  •  a formação continuada segue a lógica das "pedagogias compensatórias", no sentido em que não há relação entre formação inicial e formação não-inicial, apenas se concebe como necessidade de remediação de lacunas da formação inicial;
  • os professores são consumidores de pesquisa;
  • o objectivo primordial é o de adaptar os professores a "novas" técnicas ou processos.

A quem serviu esta prática de formação? A avaliar pela situação que se vive nas escolas, talvez a ninguém. E não se poderá imputar a responsabilidade à incipiente concepção, à escassez de recursos, à falta de financiamento dos programas ou ao tradicional individualismo dos professores. Se algum êxito estes programas tiveram foi o de reforçar o alheamento e a alienação de grande número de professores, mantendo-os como simples consumidores de formação. As avaliações (quando as houve) segregaram aspectos relativos ao enquadramento dos programas no seu contexto sócio-económico e cultural, num quadro de racionalidade técnico-instrumental.

Poderemos concluir que já tudo foi discutido e prescrito sobre formação? Ou deveremos seguir a máxima de Pascal que nos avisa que, por detrás de cada verdade, é preciso aceitar que existe uma qualquer outra verdade que se lhe opõe? 

Opto pela busca. Porque acredito que a formação acontece quando um professor se decifra através de um diálogo entre o eu que age e o eu que se interroga, quando o professor participa de um efectivo projecto, identifica as suas fragilidades e compreende que é obra imperfeita de imperfeitos professores. Por essa razão, procurei alternativas. Por isso, aconteceu este livro.

[1]Determinantes do Desempenho Escolar do Brasil”, Naércio Menezes Filho, São Paulo, 2007

Extraído do livro “ESCOLA DA PONTE - Formação e transformação” por José Pacheco - Educador


quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Para começo de ano


Quando era criança perguntei aos meus pais porque é que o ano começa em Janeiro e não em Março e porque é que Setembro era o mês 9 e não 7, como o próprio nome indica. Não me souberam responder. 

Só compreendi anos mais tarde quando já era adulto e decidi pesquisar.


Se o leitor também não souber e quiser saber pode acessar:




Não é que uma questão muito importante em si mesma. Simbolicamente representa o fato de aceitarmos algumas situações da nossa vida sem nos questionarmos. Fazemo-lo normalmente porque:


  • Achamos não terem solução.
  • Estamos conformados com a sua compreensão.
  • Porque sabemos lidar com elas (sinal de que elas existem... e não foram resolvidas).
  • Ou ainda por um misto de quaisquer das opções acima.
É sempre bom lembrar que através da repetição de algo que não funciona não iremos lograr que funcione.

Encontra-se neste momento insatisfeito com algum aspecto da sua vida?


Poderá perguntar-se:


  • O que estou repetindo na minha vida que está a me conduzir a esta situação em que me encontro insatisfeito?
Será que continua afirmando mentalmente que todos os seus problemas se devem aos outros?

Ou será ainda que, está se culpando de encontrar-se nessa situação?


O poder de mudar a sua vida está dentro de você! Enquanto mantiver aquelas percepções a sua vida não mudará. Ela só irá mudar quando mudar as suas percepções.


Ah se fosse assim tão fácil... É verdade, não é assim tão fácil! Por isso lhe proponho essa análise da sua parte enquanto, da minha parte, estou disposto a ajudar no que estiver ao meu alcance.


É mais difícil continuar assim como está, porém infelizmente essa é a realidade que a maioria vai perpetuar ao longo de 2012! Continuar assim como está confortavelmente desconfortável... E o pior é que continuando nesse desconforto, este tem uma tendência, por acumulação, para aumentar, ou não será? Se colocarmos lixo na lixeira do nosso computador e nunca a limparmos, ao fim de algum tempo o computador não vai mais trabalhar! Se não acredita experimente... O mesmo sucede com os seres humanos!


Por que será que evacuamos diariamente, escovamos os dentes, tomamos banho, cortamos o cabelo periodicamente, urinamos, tiramos o lixo que temos em casa, a lixeira do computador, etc., ou seja, por outras palavras, efetuamos uma limpeza orgânica do nosso corpo, casa, computador, etc.. Se é homem imagine nunca fazer a barba ao longo da vida, o que sucederia?


E onde está a limpeza energética, emocional, eletromagnética? Como seria se tivéssemos um processo simples, eficiente e independente (sem ter que recorrer à ajuda externa – paradigma que até muitos terapeutas ainda não compreenderam que já é obsoleto) para fazer?


Essa é uma das principais propostas do meu trabalho. Para esclarecimentos pode acessar o site: http://www.fernandobaptista.com/  ou melhor ainda entrar diretamente em contato comigo através de: http://www.fernandobaptista.com.br/contato_12.html


Recentemente ao ler um livro de um dos empresários de maior sucesso no século passado nos EUA decidi verificar se ainda era vivo. Constatei chocado, que tinha falecido ainda antes dos sessenta anos. Esse homem que realizou a grande maioria dos sonhos em diversos níveis, que tinha na sua vida dizia:


“Com efeito podes eleger entre reagir ou responder ao teu passado. Reagir é permitir que os teus pensamentos despertem, com respeito a fatos passados, as mesmas emoções negativas que não te gostaram quando as experimentaste pela primeira vez. Responder ao teu passado é o processo de aceitar as  coisas tal como são no presente, para depois encarar o teu passado como se fosse somente uma torrente de fatos já vividos que não tem poder direto sobre o teu presente, salvo o que tu lhe queiras dar. Aceita mentalmente as coisas tal como são e começa desde esse ponto de partida.


Com demasiada freqüência quando se desenterram recordações desagradáveis provocam-se emoções negativas de culpa e autocrítica, caracterizadas por um modo de castigar-se pensando no que podia ou devia ter sido. Outras vezes carregamos a culpa a outras pessoas, às circunstâncias ou à má sorte, e acabamos experimentando no presente as emoções negativas de nojo, ódio, auto-compaixão, inveja, vingança e ressentimento. Sem embargo, com isso nada se ganha. Não castigas a ninguém, salvo a ti mesmo. Só consegues perder eficiência e desequilibrar-te emocionalmente com o que acabas impotente no momento atual. “


Uma cliente minha perguntava-me no inicio da terapia, se tinha que se lembrar de algumas coisas da sua vida passada que a faziam sofrer, para se libertar delas.


Ambos os casos retratam aquilo que se passa com a maioria dos seres humanos. Talvez essa seja uma das razões porque vivemos tão pouco tempo (como é possível uma pessoa que alcançou um sucesso indiscutível desenvolvendo cadeias de empresas, ajudando milhões de pessoas, realizando a maior parte dos sonhos da sua vida, falecer tão novo?). Uns dirão que não está nas nossas mãos e, provavelmente não estará completamente, mas que podemos fazer muita coisa para aumentar a longevidade, podemos. E uma das coisas que pelo menos a maioria pode fazer, tal como escrevi antes, é uma limpeza emocional periódica (bem feita, claro!). Se associada a um maior desapego de pessoas e coisas tanto melhor!


Hoje é comprovada a importância das emoções na nossa vida. Nos dois casos acima, as pessoas assumem implicitamente que guardam emoções que são desconfortáveis. Essas emoções referem-se a situações que já ocorreram há alguns anos. O tempo passou, mas as emoções permanecem. 


  • Porque será?
  • E se nada for feito ou, se forem “esquecidos” esses momentos será que as emoções irão desaparecer algum dia?
  • Se não desaparecem, como ambos referem, que efeito é que elas estão e irão continuar a causar a curto, médio e longo prazo, no corpo e na alma?
  • Será que a aceitação é suficiente como muitas das atuais filosofias e correntes de pensamento propõem?
  • Será que é necessário chorar ou irritar-se de novo, revivendo a situação, para se libertar definitivamente da carga?
Estas são algumas das questões que gostaria de deixar no ar para este ano, sempre recordando duas coisas:


  • Tudo está certo como está!!!  Então, por favor, pare de criticar e culpar os outros pelos seus males e muito menos se culpe a você mesmo – em lugar disso decida assumir responsabilidade total por sua vida!
  • A questão é saber se você se sente bem ou não, nesse equilíbrio! (se não estiver, por favor, saia da sua zona de conforto e procure outro equilíbrio que seja mais confortável para você – é preferível investir algum tempo a lembrar e livrar-se de alguns aspectos dolorosos da sua vida, do que perder o resto da sua vida vivendo-a apenas 10% do que seria seu direito por nascimento.
    Claro que se o leitor for do Eneatipo 1 (para melhor esclarecimento, ver matéria sobre o Eneagrama) em relação ao penúltimo item irá dizer: é fácil falar, mas como é que vou deixar de criticar e julgar os outros se foi nesse ambiente que eu vivi enquanto criança e estou habituado a fazê-lo a mim mesmo e aos outros quase desde que me conheço?