segunda-feira, 26 de julho de 2010

Descondicionamento - Mais sobre

O Descondicionamento irá ser desenvolvido neste espaço para que o leitor possa ser esclarecido sobre as sua forma de funcionamento e as suas possibilidades. Falarei também dos excelentes resultados que tem vindo a proporcionar a um número cada vez maior de pessoas.


Tem-se revelado ser, em simultâneo, uma extraordinária forma de auto-conhecimento.

O Descondicionamento nesta minha perspectiva pretende contribuir de forma decisiva para o Despertar do ser humano, do Sono profundo em que se encontra quase desde o seu aparecimento neste planeta, há alguns milhões de anos.

Durante todo este período, poucos conseguiram verdadeiramente despertar desse sono e, se elevaram acima dos processos inconscientes, mecânicos e repetitivos da mente.

Só através de processos de descondicionamento funcionais se poderá sair do atual estado de hipnose e automatização da consciência.

Despertando, cada ser humano individual, retoma o contato com a sua essência e liberta-se da prisão em que se encontra, contribuindo também para uma real e efetiva evolução da sociedade como um todo.

Ao reencontra-se com a sua essência o homem afasta-se da sua máscara (personalidade) e, restaura o seu estado de liberdade que lhe é inerente.

Assim o ser humano pode alcançar o estado de verdadeira felicidade por que tanto anseia.

domingo, 25 de julho de 2010

A Pineal e os seus múltiplos atributos

Para poder ver, você precisa parar de se colocar no meio da imagem.
Sri Aurobindo

A glândula pineal desempenha um papel importante no desenvolvimento integral e na vida dos seres humanos.

Futuramente escreverei  mais algumas matérias falando das suas potencialidades, das consequências do seu mau funcionamento, adormecimento, calcificação e, de algumas estratégias para reabilitar o seu normal funcionamento.

Embriológicamente, a glândula pineal deriva de um terceiro olho que se começa a desenvolver bem cedo no embrião e que posteriormente degenera.

Alcança o ápice do seu desenvolvimento por volta dos 7 anos de idade e alguns estudos referem-se à sua possível influência sobre o processo de maturação das glândulas sexuais.

Encontra-se localizada no centro geométrico da cabeça aproximadamente ao nível dos olhos.

É possível que esta glândula tenha estado, alguma vez, localizada mais perto do topo da cabeça. Em algumas espécies de répteis ainda aí está localizada, formando uma espécie de órgão perceptivo sensível à luz, assemelhando-se a outro olho.

Foi designada como "lugar da alma" por René Descartes.

Acredita-se que a pineal influencia os sistemas nervoso e endócrino embora ainda não se saiba muito bem como.

Existe, no entanto, um acordo generalizado de que a pineal é afetada pela luz. A melatonina que é uma substância relevante na pigmentação das células, tem sido isolada a partir da pineal.

É possível que a pineal desempenhe algum papel secreto na conexão entre a luz e a química do corpo.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Viajante extremamente filosófico

Conta-se que no século passado um turista americano foi à cidade do
Cairo, no Egito, com o objetivo de visitar um famoso sábio.
O turista ficou surpreso ao ver que o sábio morava num quartinho muito
simples e cheio de livros. As únicas peças de mobília eram uma cama, uma
mesa e um banco.
- Onde estão seus móveis? - perguntou o turista.
E o sábio, bem depressa, olhou ao seu redor e perguntou também:
- E onde estão os seus...?
- Os meus?! - surpreendeu-se o turista. Mas estou aqui só de passagem!
- Eu também... - concluiu o sábio.

"A vida na Terra é somente uma passagem... No entanto, alguns vivem como
se fossem ficar aqui eternamente, e se esquecem de ser felizes."

Retirado de uma mensagem de e-mail enviada por um amigo

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Elementos morais da civilização (1)

Poucas sociedades se contentam de repousar a sua moral sobre bases económicas e utilitárias. Porque o indivíduo não é por natureza dotado de nenhuma disposição para subordinar os interesses particulares aos do grupo, ou para obedecer a irritantes regulações que não vê apoiadas na força. A fim de dar à moral um invisível "compelidor" e fortalecer os impulsos sociais contra os impulsos individualistas por meio de compreensão abstrata, as sociedades utilizaram-se das religiões. O antigo geógrafo Estrabão expressou ideias muito adiantadas a este respeito, há mil e novecentos anos:


No lidar com uma multidão de mulheres, ou com uma massa promíscua, o filósofo não consegue influenciá-las pela razão, exortando-as à reverência, à piedade, à fé; não; faz-se necessário o medo religioso, e este medo não pode ser criado, sem mitos e maravilhas. Porque trovôes, escudos, tridentes, archotes, cobras, lanças, tirsos - armas dos deuses - são mitos, e isso em toda a mitologia. Mas os fundadores de estados deram sua sanção a essas coisas, como a papões que amedrontam os espíritos simples. E como esta é a natureza da mitologia, e como ela tem o seu lugar no plano da vida social bem como na história dos fatos reais, os antigos agarravam-se aos seus sistemas de educação de crianças e aplicavam-nos aos homens de idade madura; e por meio da poesia supunham poder satisfatóriamente disciplinar todos os períodos da vida. Mas agora, depois de longo tempo, a escrita da história e da filosofia vieram para a frente. A filosofia, entretanto, é coisa para poucos, ao passo que a poesia é própria para as massas.

As morais, portanto passaram a ser apoiadas pelas sanções religiosas, porque o mistério e o sobrenatural fornecem um suporte que por si mesmas não possuem as coisas empíricamente conhecidas e genéticamente compreendidas; os homens são mais fácilmente governados pela imaginação do que pela ciência. Mas seria essa utilidade moral a fonte ou a origem da religião?

Extraído de História da Civilização - Primeira parte, Tomo 1 por Will Durant