segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Quando é que o ser humano sairá da ilusão?


Estes dias recebi um e-mail de uma pessoa questionando sobre o seu relacionamento, queixando-se que a sua parceira é ciumenta. Perguntava o que deveria fazer numa situação destas.

Decidi  aproveitar esta situação comum em muitos relacionamentos para desenvolver o tema da ilusão (ilusão de que o meu comportamento é justificado pela atitude do outro, entre outras) em que a maior parte dos seres humanos vive.

Uma resposta habitual à pergunta que me foi colocada seria o diálogo, o esclarecimento da situação por ambas as partes.  

Para aqueles que já me conhecem destes escritos, sabem a minha opinião sobre a utilidade e o valor da conversa para resolver conflitos relacionais. Não servem para absolutamente nada a não ser para: 
  • Desabafar e aliviar momentaneamente algumas tensões (excepcionalmente, pode haver em raros casos, alguma tomada de consciência que pode levar a uma real mudança interior – mudança no sentido de libertação e reencontro consigo mesmo).
  • Acumulação de mais lixo tóxico mental e emocional, decorrente da troca (algumas vezes exacerbada) de palavras que irá contribuir para introduzir mais entropia na relação.
  • Reforçar o ego de um ou de ambos: já falei um monte de vezes (alivio de consciência e culpar o outro, porque eu estou certo (a)) e não serviu de nada... ele ou ela fazem lindas promessas, mas depois  não mudam ou mudam por uns dias,  e finalmente tudo volta ao mesmo. Já não sei o que fazer...
Assim a possibilidade de resolver a situação através de conversa fica descartada.

Quando duas pessoas se encontram e iniciam uma relação, independentemente do tipo que seja, cada uma traz uma história consigo. Nesta matéria a abordagem está mais direcionada para o relacionamento amoroso.

Cada um de nós atrai por um lado aquilo que se encontra no seu nível vibracional e por outro aquilo que precisa para o seu desenvolvimento. Quando iniciamos a relação, apenas observamos ou, no mínimo, valorizamos os aspectos do outro com os quais temos afinidade. 

Os aspectos que depois apelidamos de “negativos”, não os observamos ou, os menosprezamos. Ele não era assim quando o conheci, era bem diferente... se eu soubesse que era assim...

Ao fim de um tempo de relacionamento esta outra parte do outro que, poderíamos designar de muitas maneiras, entre elas, sombra, começa a manifestar-se. Essa sombra vai lançar um desafio para nós. Vai despertar a nossa própria sombra e entrar em confronto com ela.

Nesse momento temos duas opções. Ou  nos separamos porque não gostamos do que estamos a experimentar, e aí perdemos a oportunidade de integrar a nossa própria sombra ou, fazemos a sua integração mantendo-nos na relação, e trabalhamos essa parte da nossa sombra que está a atrair aquele aspecto que nos desagrada.

Os desafios que nos são colocados pelo relacionamento podem contribuir de forma decisiva para nos conhecermos melhor. O que dizem  e fazem a maioria das pessoas  quando existem muitas divergências ou problemas da relação? O melhor é separar..., não dá mais..., não aguento... e lá vamos nós com a nossa própria sombra atrás, mas com o ego bem inflado e cheios de razão!!

Quando é que saímos desta ilusão de que os nossos males se devem aos outros ou, que nossos comportamentos são justificados pelas atitudes dos outros?

É preciso salientar que a integração da sombra é a única maneira de sermos completos e equilibrados, de alcançarmos a plenitude, de maneira a podermos manifestar todo o nosso potencial. É também a única maneira de nos conhecermos verdadeiramente e podermos viver com base na sabedoria interior.

No caso da pessoa que me contatou, o que lhe desagrada é o ciúme.

De acordo com as principais teorias psicológicas o ciúme envolve supostamente três pessoas, a pessoa que sente os ciúmes, a pessoa de quem sente os ciúmes e ainda a terceira pessoa que é o motivo dos ciúmes.

Numa outra perspectiva, o ciúme não é mais do que uma insegurança acerca de si mesmo em primeiro lugar, independentemente do que a segunda ou terceira pessoa façam ou, até mesmo independentemente da terceira pessoa existir ou não (há muitos casos em que não existe,é quase como se fosse uma psicose). Assim, não é propriamente uma desconfiança em relação ao outro, embora possa parecer.  Esta é a tal ilusão...

Esta insegurança muitas vezes resulta de um sentimento próprio de que eu não o mereço, eu sou inferior em algum aspecto ou, outras vezes de um sentimento de posse, ele (ou ela) é meu.

Podemos dizer que há pessoas que não dão aos outros nenhuns motivos para eles sentirem ciúmes e, apesar disso, eles são ciumentos e há também pessoas que teriam motivos para ter ciúmes dos seus parceiros e não sentem qualquer tipo de ciúme.

Na situação que me foi apresentada, a acreditar nas palavras do namorado, podemos dizer que a moça que é ciumenta é insegura em relação a si mesma e ele, o namorado, também! 
Senão não ficaria incomodado...

O namorado poderia perguntar-se:

Porque atraí uma mulher ciumenta? E porque, apesar de eu não lhe dar motivos a ela para ter ciúmes, fico perturbado com os seus ciúmes?  

As respostas podem ser muitas e escapam agora ao âmbito desta matéria, mas o importante é resolver.

Em casos como este que me foi apresentado, existe um certo tipo de inconsciência de ambas as partes e, muitas vezes quando um desperta e se apercebe verdadeiramente da ilusão, saindo dela, percebendo que não existe qualquer relação entre o que está sentindo com o que o outro está fazendo, o outro muda também.

O problema principal neste e em muitos outros aspectos da vida quotidiana é que, um fica esperando que o outro mude e, isso dificilmente acontece através de conversa.  Só poderá acontecer por tomada de consciência! E esta infelizmente e habitualmente só acontece, quando acontece,  quando se atinge o limite do desespero ou da saturação.

Este exemplo pode ser aplicado a outras situações, emoções, etc. da nossa vida.

Quando será que sairemos desta ilusão?

Através da TpT é possível começar a sair dessa ilusão agora mesmo, aplicando os processos adequados, que ajudam a limpar as emoções e as ligações decorrentes dos relacionamentos que estabelecemos ao longo da nossa existência, restituindo-nos assim a nossa liberdade individual e, colocando-nos em contato com a nossa essência, aquilo que nós somos para lá das aparências e do espaço-tempo.  Passamos assim a responsabilizar-nos por tudo aquilo que acontece em nossas vidas!

domingo, 12 de fevereiro de 2012

Esclarecendo melhor a TpT

Tenho observado que muitas pessoas se tem interessado pela TpT, lendo a respectiva matéria.
 

Das pessoas que me contatam através da Internet, muitas me colocam questões relacionadas com terceiros. Os problemas dos filhos, do marido, dos pais, etc.
 

Questionam acerca da forma de resolver esses problemas e, quando proponho TpT como forma de ajuda, percebo que acham interessante, embora a maioria fique na dúvida. Mas como é que eu posso ajudar alguém apenas através da repetição de frases?

Se fosse assim tão simples, toda a gente o faria. A idéia desta matéria é mesmo essa, afirmar que qualquer pessoa “mentalmente sã”, o pode fazer!


Acredito que a principal razão da dúvida que se levanta a muitas pessoas é, o desconhecimento total que tem sobre o assunto, tal como eu tenho acerca da construção de navios ou antropologia espiritual.


Ao longo da minha vida nunca pratiquei muita atividade física, a principal foi sempre caminhar. Porém, se tivesse ido para a Academia como muitas outras pessoas, hoje estaria bem musculado.


O mesmo se passa com a telepatia. Se o ser humano desenvolvesse desde cedo a telepatia, como desenvolve a comunicação verbal, hoje seria natural falar de TpT. Seria uma coisa tão normal como uma criança de 4 ou 5 anos, que tenha aprendido a ler cedo, ler uma enciclopédia!

Somos levados a reprimir a telepatia e a considerá-la algo meio estranho e impossível de alcançar.


É verdade que determinadas pessoas tem mais facilidade em comunicar dessa forma, mas em geral e para efeitos desta terapia a grande maioria tem condições para poder realizar um bom trabalho, como a minha experiência ao longo de mais de quinze anos tem demonstrado.


Acontece que há pessoas que conseguem, ao fazer os processos, sentir, perceber, ver, etc. tudo aquilo que aconteceu ou está a acontecer com a outra pessoa que estão a ajudar. Outros, ao contrário,sentam-se na cadeira fazem a terapia e, não vêm ou sentem nada. Daí, concluem que nada está a acontecer, questionando-se porque estão ali sentados fazendo aquela terapia. Será que isto serve para alguma coisa? Que absurdo!


O que tem provado que sim, que acontece alguma coisa são os resultados que se tem observado todos os dias com pessoas que fazem a prática adequada.


O leitor até poderá saber, mas a maioria das pessoas que usa celular, não sabe como funciona! No entanto quando o ouve tocar, pega nele e começa a falar, por exemplo, na rua, com um amigo que está no Japão! Porque faz isso se o celular não está ligado a nada?

Como é possível falar com alguém através de um aparelho desligado de tudo que se encontra à volta?


Imagine o seu bisavô voltar a esta época e observar você na rua falando para com uma “coisa” que encosta a um dos ouvidos, o que ele iria pensar?


Essa é a idéia que muita gente tem da telepatia!


Já lhe aconteceu telefonar a alguém e a outra pessoa dizer: ia mesmo agora ligar para você... Ou, como mãe nunca pensou: deixa-me ligar para a creche porque estou a sentir que algo não está bem com o João... O que aconteceu nestes casos?


Em ambos foi utilizada a telepatia ou, por outras palavras, comunicação entre dois seres humanos através do “pensamento”.


Quase todos nós já passamos por experiências semelhantes, sem nos apercebermos bem de que estamos a utilizar uma das nossas capacidades ditas “paranormais”!


A TpT é tão simples que se encontra ao alcance de qualquer pessoa que, apenas tenha uma forte vontade e determinação em ajudar alguém!


Basta escolher um local sossegado, de preferência sentar, fechar os olhos e começar!


Não precisa fazer exercícios de respiração, se concentrar, tomar alguma coisa, acreditar em algo especial, treinar durante 20 anos, fazer cursos, jejuar 40 dias, basta apenas sentar, fechar os olhos e começar a repetir algumas frases através do pensamento, colocando a atenção na pessoa que se quer ajudar!!


A partir daí o processo se inicia e as transformações se começam a processar, normalmente de forma lenta e gradual, embora nalguns casos possa ser mais rápida!


O objetivo a alcançar com a TpT não se limita apenas ao resultado em si mesmo que a pessoa deseja mas também a estabilidade do caso, ou seja que os resultados alcançados sejam duradouros. Habitualmente são porque, correspondem a uma alteração do estado de consciência e quando a pessoa toma consciência de algo, dificilmente se tem verificado um retrocesso no caso!!!


Alerta importante: através da Tpt não é possível manipular alguém para ficar da maneira que nós pretendemos! 


Embora se tenha a assistido à melhoria e nalguns casos ao desaparecimento de algumas doenças, a TpT  não tem como objetivo a cura de doenças.


Assim no caso de doenças é recomendada a visita a um médico especialista! Em paralelo pode ser feito um trabalho de acompanhamento emocional, se necessário com ajuda fitoterápica e nutricional, que poderá contribuir para o processo de aceleração da cura da pessoa envolvida.


A TpT irá harmonizar a vida da pessoa que se pretende ajudar, libertando-a de emoções “ruins” e desconectando-a de fontes que lhe retiram energia vital ou, de quem (do que) ela também retira essa energia, quer sejam pessoas, coisas, etc.


Quem pretender mais esclarecimentos, por favor, me contate através de:


http://www.fernandobaptista.com.br/contato_12.html


Os melhores resultados com a TpT tem sido alcançados com pessoas que tem dificuldades nos relacionamentos, quer seja com conjugues, filhos, pais, amigos ou até mesmo nas relações profissionais com chefes, patrões e colegas de trabalho.


A TpT tem-se mostrado uma ferramenta única e extremamente eficaz em inúmeros casos de dependências de álcool, tabaco, drogas, etc.


Também se tem mostrado muito especialmente na ajuda a bebês e idosos com diversos tipos de dificuldades.


Desculpem-me as pessoas mais evoluídas no assunto e que, talvez esperem textos altamente complexos e elaborados sobre a matéria, mas o meu objetivo é explicar coisas que muitos tornam complicadas, de forma simples e, de maneira que qualquer pessoa possa entender e aplicar!

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Depoimento pessoal sobre transformação familiar através do Descondicionamento

J.L., 24 anos, Cascavel-Pr.
 
Em meados de novembro de 2011 recebi um dos artigos escritos pelo terapeuta Fernando Baptista, o qual falava um pouco sobre terapia para casais. O tema muito me interessou, pois a cerca de 5 anos eu estava em um relacionamento completamente  equivocado, que não era bom pra mim, nem pra o meu esposo. 

Apesar de nos gostarmos muito, parece que existia uma energia carregadíssima entre nós, que nos impedia de vivermos nossa história felizes e plenos. Por diversas vezes nos separamos, mas após o nascimento do nosso segundo filho optamos por ficar juntos e tentarmos nos entender em nome da família, o que (óbvio) não estava dando certo.

Em meio a um ambiente de total insatisfação de ambas as partes, quando nosso casamento já estava á beira de um colapso,  convidei-o para tentarmos como ultimo recurso fazer as sessões de terapia holística.
 

Como o esposo concordou que eu fizesse mas não quis participar, resolvi ir sozinha, onde fui orientada pelo Fernando a fazer a terapia para mim, e também usar as técnicas de telepatia para ajudar meu esposo e também meu filho mais novo, que sofria de uma grave intolerância alimentar (alergia total ao leite da vaca), o que lhe causava infecções respiratórias agudas.

O primeiro passo foi fazer os nossos eneagramas, o que de fato me foi um “tapa na cara”, pois pude reconhecer inúmeras falhas que eu possuía e não fazia idéia, e também pude entender melhor o porquê tomo algumas decisões e atitudes. Também pude entender as reações do meu marido e conhecê-lo melhor. Foi muito bom e válido.

Logo na primeira sessão que fizemos no consultório, onde trabalhamos a vida intra-uterina de meu filho, já pude perceber a dimensão da qualidade do trabalho através da regressão consciente, pois os sentimentos vieram à tona, e pude me recordar de momentos que causaram muito sofrimento a mim e ao meu filho, e de cara já conseguimos identificar o motivo pelo qual ele havia desenvolvido a doença.

Quanto ás sessões em prol do casamento, essas foram muito difíceis de fazer, pois me traziam sentimentos que eu pensava não mais existirem, mas pude ver que toda a mágoa, raiva e tristeza pelas coisas que ele havia me feito no passado ainda estavam totalmente vivas em mim, e disso se originava aquela energia carregada que pairava sobre nós: como eu nunca havia de fato o perdoado, qualquer pequena desavença que tínhamos a partir de então somava-se à bola de neve de sentimentos ruins que eu já guardava em relação a ele,  e assim tudo piorava.

Foram inúmeras folhas de papel molhadas pelas lágrimas durante as sessões, pois o trabalho é árduo, tinha horas que eu queria desistir de ver as cenas, desistir de sofrer, mas o Fernando me orientava a sempre ir mais fundo, para conseguir alcançar a nossa libertação.

Na primeira semana de rotina em casa, eu achei que tudo daria errado. Como eu recordava do passado, tinha vontade de “voar” no pescoço dele de tanta raiva cada vez que o olhava, mas ao invés disso fui orientada a fazer o maior numero de sessões em casa o possível, a fim de limpar depressa esses sentimentos.

Em poucos dias, as sessões foram ficando mais fáceis de fazer, e juntamente o clima em casa foi melhorando dia após dia, e como que por milagre aquela carga negativa e pesada foi se afastando de nós.

Porém, ainda tínhamos que trabalhar a relação de apego que ele tinha pela mãe e pelas irmãs que o criaram, pois como esse elo era demasiadamente forte, ele nunca conseguia me ver como a mulher central de sua vida: e eu descobri que de fato nunca tinha ocupado este lugar, e que esse “pequeno” detalhe era também a raiz das atitudes ruins que ele tinha em relação a mim no passado. Bastaram poucas sessões a fim de trabalhar a relação entre meu marido e minha sogra, para que nossa relação desse um grandioso passo para o que chamo de “relação cor-de-rosa”! Do dia pra noite nossa relação se tornou maravilhosa, a cumplicidade e o companheirismo entre nós é nítido, e consequentemente voltamos a sentir amor um pelo outro. Sem falar, claro, no quanto ele evoluiu como pessoa, e no quanto essa evolução está sendo nítida para os que nos rodeiam.

Paralelo a isso, continuei trabalhando a doença de meu filho, e agora falarei um pouco sobre isso. Ele tinha 13 meses, era uma criança adorável, porém o seu desenvolvimento era devagar devido à doença. Não andava, não falava e sempre tinha uma carinha de criança doente. Porém logo na primeira semana de terapia começamos a presenciar uma grande diferença: do nada o menino começou a andar e falar e ficar muito mais esperto, mais sadio.

As pessoas ao redor, as professoras, os avós..., ficavam admirados de como isso pode ser possível, pois o desenvolvimento foi instantâneo.

Após poucas semanas de terapia trabalhando a vida intra-uterina, a relação mãe/filho e desmagnetizando todo o sentimento de adoração que eu tinha por ele, hoje meu filho é uma criança super ativa, falante, peralta e o que é melhor: livre. E quanto à sua intolerância alimentar posso afirmar plenamente que está curado, pois já consome normalmente os produtos que possuem leite de vaca, e nunca mais apresentou qualquer tipo de reação alérgica/respiratória. Incrível! Poder vê-lo comer um chocolate, um yogurt, e não mais sentir vontade ao ver outra criança fazê-lo é no mínimo uma experiência fantástica e única para mim.

Quanto a mim, tenho consciência de que ainda tenho inúmeras pendências do meu passado as quais ainda tenho que limpar, mas hoje me considero uma pessoa feliz, com a plena consciência de que os problemas não existem, mas aquilo que pode ser problema para alguns, pode ser resolvido facilmente, pois não há nada que possa oprimir nossa vontade de lutar por liberdade e evolução pessoal /espiritual, não só nossa como das pessoas que nos cercam.

Espero que a minha história sirva de incentivo ao leitor, a fim de lhe dar consciência de que sim, você tem o poder de curar a sua vida em todos os aspectos, e AGORA! Pois eu sou a prova viva de como o Descondicionamento pode transformar a vida das pessoas e o mundo ao redor delas.

Abraços a todos.

No princípio, era a Ponte...

A busca de alternativas (que passarei a descrever) teve origem naquilo que se convencionou designar por “círculo de estudo”. Foi num círculo de estudo que o projecto Fazer a Ponte teve a sua génese.

Em 1976, a Escola da Ponte defrontava-se com um complexo conjunto de problemas: o isolamento face à comunidade de contexto, o isolamento dos professores; a exclusão escolar e social de muitos alunos, a indisciplina generalizada e agressões a professores, a ausência de um verdadeiro projecto e de reflexão crítica das práticas...


Nada foi inventado na Escola da Ponte, mas quando se compreendeu que eram precisas mais interrogações que certezas, foram definidos como objectivos:

  • concretizar uma efectiva diversificação das aprendizagens tendo por referência uma política de direitos humanos que garanta as mesmas oportunidades educacionais e de realização pessoal para todos;
  • promover a autonomia e a solidariedade;
  • operar transformações nas estruturas de comunicação e intensificar a colaboração entre instituições e agentes educativos locais.

Considerámos indispensável alterar a organização da escola, interrogar práticas educativas dominantes. Há trinta anos, a Escola da Ponte era um arquipélago de solidões. Os professores remetiam-se para o isolamento físico e psicológico, em espaços e tempos justapostos. Entregues a si próprios, encerrados no refúgio da sua sala, a sós com os seus alunos, o seu método, os seus manuais, a sua falsa competência multidisciplinar, em horários diferentes dos de outros professores, como poderiam partilhar, comunicar, desenvolver um projecto comum?
 

O trabalho escolar era exclusivamente centrado no professor, enformado por manuais iguais para todos, repetição de lições, passividade... As crianças que chegavam à escola com uma cultura diferente da que aí prevalecia eram desfavorecidas pelo não reconhecimento da sua experiência sociocultural. Algumas das crianças que acolhíamos transferiam para a vida escolar os problemas sociais dos bairros pobres onde viviam. Exigiam de nós uma atitude de grande atenção e investimento no domínio afectivo e emocional. Também tomámos consciência de novas e maiores dificuldades. Por exemplo, de que não passa de um grave equívoco a ideia de que se poderá construir uma sociedade de indivíduos personalizados, participantes e democráticos enquanto a escolaridade for concebida como um mero adestramento cognitivo.

Se os pais eram chamados à escola, pedia-se castigo para o filho ou contributos para reparações urgentes. A escola funcionava num velho edifício contíguo a uma lixeira. Nas paredes, cresciam ervas. O banheiro estava em ruínas e não tinha porta..


Compreendemos que precisávamos mais de interrogações que de certezas. E empreendemos um caminho feito de alguns pequenos êxitos e de muitos erros, dos quais colhemos (e continuaremos a colher) ensinamentos, após termos definido a matriz axiológica de um projecto e objectivos que, ainda hoje, nos orientam. Na Escola da Ponte, como em outros lugares, será indispensável alterar a organização das escolas, interrogar práticas educativas dominantes. É urgente interferir humanamente no íntimo das comunidades humanas, questionar convicções e, fraternalmente, incomodar os acomodados.


Apesar dos progressos verificados ao nível da teoria (e até mesmo contra eles), subsiste uma realidade que as excepções não conseguem escamotear: no domínio das práticas, o nosso século corre o risco de se completar sem ter conseguido concretizar sequer as propostas do fim do século que o precedeu. Infelizmente, não vivemos o fim do "século da criança", mas somente o princípio da Escola. Desde há séculos, somos destinatários de mensagens que raramente nos dispomos a decifrar e o que acontece é um regresso cíclico às mesmas grandes interrogações. Todos os movimentos reformadores se assemelham na rejeição do passado, mas a especulação teórica sem caução da prática engendra apenas reformulações de uma utopia sempre por concretizar.


Não há modelos, mas há referências que poderão ser colhidas neste projecto, como em tantos outros anonimamente construídos, cujo intercâmbio urge viabilizar. A concepção e desenvolvimento de um projecto é um acto colectivo, no quadro de um projecto local de desenvolvimento, e pressupõe uma profunda transformação cultural. Nos últimos anos, muitos professores visitaram a Ponte, muitas escolas dela se acercaram. Poderemos já falar da existência de uma “rede”, ou “fraternidade educativa”. O estudo agora divulgado vem ao encontro de uma necessidade manifestada por esses professores e pelas suas escolas. Incide sobre a reelaboração da cultura pessoal e profissional, no contexto de uma formação indissociável da ideia de mudança escolar e social.


O projecto da Escola da Ponte “constitui um sinal de esperança para todos os que acreditam e defendem a possibilidade de construir uma escola pública aberta a todos os públicos, baseada nos valores da democracia, da cidadania e da justiça, que proporciona a todos os alunos uma experiência bem sucedida de aprendizagem e de construção pessoal”(1) . A Ponte foi inspiração para muitos professores que não desistiram de fazer dos seus alunos seres mais sábios e pessoas mais felizes.


Ao longo de trinta anos, participei nesse projecto. Dados os excelentes resultados obtidos (2) , ele passou de mero objecto de curiosidade a locus de pesquisa. Sendo o seu maior crítico, sempre me manifestei relutante a mostrá-lo como “fórmula inovadora” e recusei muitos pedidos, que me foram dirigidos, para publicar algo que o “explicasse”. Nos últimos anos, foram publicadas muitas obras por educadores que desenvolveram pesquisas nessa escola, na diversidade de abordagens que o projecto permite realizar. Agora, que decidi afastar-me (fisicamente) da Escola da Ponte, creio ser o momento de dar início a algumas reflexões, não sobre um passado cristalizado a imitar, mas porque a Ponte representa “uma singularidade, na qual é possível vislumbrar a totalidade sistémica dos problemas do quotidiano das escolas, bem como algumas hipóteses sólidas de possíveis soluções que contrariam o nosso proverbial cepticismo”(3) .


Nesta primeira tentativa de “explicação” da Ponte, é meu ensejo descrever um dos modos de fazer coincidir a formação de professores com a construção autónoma de uma profissionalidade responsável.


Texto reproduzido com permissão do seu autor, o Educador e Prof. José Pacheco.

O chakra vermelho

O chakra vermelho também é conhecido por chakra da base, da raiz, kundalíneo ou ainda pela palavra de origem Sânscrita Muladhara.

Este centro de energia, devido à sua localização no períneo -  ponto que fica situado entre o ânus e os órgãos sexuais - é considerado o mais físico de todos os chakras. Estabelece a conexão do corpo material com a terra.



A vontade de comer algum tipo particular de alimento ou desejo de viver em determinado lugar é regulada por este chakra. 

É no chakra vermelho ou da base que acontece a reversão vibracional que permite que a alma se adapte às condições físicas com que terá que viver esta sua existência.


Algumas formas de expandir o chakra da base são a colocação dos pés em contato com areia quente, pedra ou apenas na terra. Passar algum tempo com animais, tocando-os e brincando com eles, também são uma excelente atividade para a expansão deste chakra. Uma última atividade com interesse é fazer uma viagem à terra e à casa onde se nasceu.

Todo o esqueleto (ossos e dentes) bem como o sistema linfático, a próstata no caso dos homens, a bexiga, o sistema de excreção, as pernas e os pés, além do plexo sacro estão relacionados com o chakra vermelho. Quando um problema afeta todo o esqueleto podemos dizer que existe uma tensão nesse centro de energia. Já quando o esqueleto é afetado apenas parcialmente como, por exemplo, no caso da lesão de uma das mãos, atribuímos esse problema a uma tensão no chakra correspondente, que neste caso é o quinto, situado na base da garganta.


Ainda relativamente à parte física, o chakra vermelho está associado às glândulas supra-renais sobretudo devido a uma das suas secreções, a adrenalina,  ser desencadeada por uma ameaça à sobrevivência, preparando o corpo para situações de risco. Pela sua localização perto dos rins poderiam ser associadas também ao terceiro chakra

As supra-renais são glândulas de energia que dão força física e mental. O primeiro chakra regula a quantidade de energia que o corpo usa nas suas atividades mentais e espirituais. Controla também a quantidade de energia a ser reposta, gerando assim impulsos materiais.


O sentido associado a este chakra é o olfato conhecido por estar diretamente ligado à sobrevivência e também à segurança. Por este motivo associa-se habitualmente o nariz ao chakra vermelho.


Como o elemento que lhe corresponde é o elemento Terra podemos dizer que, o estado em que esse chakra se encontra em cada ser humano reflete a forma como esse ser se relaciona com a Terra, ou como ele se sente pelo fato de aqui estar!  

O chakra vermelho reflete também o tipo de relacionamento que a pessoa tem com a mãe.

Na estrutura familiar tradicional é a mãe que provê a alimentação e oferece um lugar seguro à criança. Um bebê ao se alimentar através do peito da mãe toma certas decisões que irão influenciar de forma decisiva a sua vida futura. Pode concluir por exemplo que nunca há que chegue, tem que lutar por aquilo que quer ou, haverá sempre abundância. Assim o padrão relacionado com tudo o que representa segurança – a casa, o emprego e o dinheiro - é muitas vezes definido através da experiência atrás referida.  

Se houver uma sensação de falta de mãe, não se sentir amada ou nutrida por ela, a própria pessoa corta as suas raízes através dessas percepções, bloqueando o chakra vermelho.

Passa a ver o mundo através de um filtro de insegurança ou de medo até se permitir ser de novo nutrida pelo amor da mãe.


As percepções que a pessoa tem em relação à mãe e que se refletem nos sintomas que apresenta não têm nada a ver com a mãe ou, com a maneira de ser desta. É uma questão de escolha perceptiva em relação às condições de vida que a pessoa está a experimentar.


A pessoa pode não possuir percepções baseadas nas suas próprias experiências no universo físico, sentir que não tem lar ou, ter dificuldade em estar presente no aqui e agora.


Quando a motivação básica da vida da pessoa é a segurança, o sentir-se em segurança, a sobrevivência ou, a satisfação das necessidades materiais, podemos dizer que ela observa a vida a partir do chakra vermelho. A motivação básica representa aquilo que motiva a pessoa, a base a partir da qual ela toma todas as suas decisões. 


As tensões são geradas por sensações de insegurança, medo, e ameaça à sobrevivência onde  essa tensão pode atingir níveis em que começa a colocar em perigo a saúde física, sobretudo se perdurar por muito tempo.

Quando existe algum problema relacionado com o chakra vermelho podemos observar o lado do corpo em que ele se manifesta e considerar a polaridade masculina/feminina bem como a vontade/emoção sendo o lado direito o da vontade e o esquerdo o das emoções, no caso de uma pessoa destra. Para os canhotos é o contrário.


Alergias a substâncias como leite, produtos láteos ou associados à terra como cereais, além de todas as alergias que afetam o nariz, refletem tensões no chakra vermelho e no relacionamento da pessoa com sua mãe em que se proíbe a si mesma de receber alimentação. Alterando as atitudes os sintomas libertam-se.


No corpo físico as alterações mais frequentes são: obesidade, bulimia, anorexia, problema musculares e nos tendões, reumatismo, artrite, dores ciáticas, doenças ou lesões nas pernas e pés, hemorróidas, constipação, problemas para eliminar urina e fezes, dores ou doenças nas extremidades dos ossos, problemas nos rins e no reto, distúrbios relacionados com as glândulas supra-renais (diabetes, doença de Addison, doença de Cushing). 


Quando as supra-renais estão ativas para além do normal os reflexos são a agressividade, irritabilidade, ressentimento, falta de adaptação e temperamento exaltado. Se estiverem pouco ativas haverá muita sensibilidade à dor, tristeza, seriedade, depressão e neurastenia.


Uma boa condição do chakra vermelho ajuda a criar raízes e a ter segurança material. Quem ganha pouco dinheiro ou tem problemas relacionados com a carreira profissional precisa harmonizar este chakra.


O primeiro chakra quando em harmonia, é também responsável pela longevidade!