terça-feira, 9 de novembro de 2010

O desaproveitamento das nossas capacidades começa bem cedo!

Como seria o mundo se as crianças começassem a ler desde que nascem, tal como fazem com a audição e a fala?

Já se perguntou alguma vez se aprendemos a falar e a escutar desde que nascemos, ou até antes disso, porque não aprendemos também a ler?

Antes de continuar gostaria de o questionar sobre o nascimento. Afinal quando nascemos? No momento da concepção, ou no momento do parto? Ou nalgum momento entre a concepção e o parto? Se é no momento do parto, então qual o significado dos outros meses anteriores desde a concepção? Ainda não nascemos? O que somos durante esse período de tempo?

O problema, retomando o tema da leitura, é que nós fizemos os caracteres de impressão demasiado pequenos para poderem ser lidos por bebês!!!

É quase impossível fazer as letras demasiado grandes para serem lidas mas, é possível fazê-las demasiado pequenas e foi o que aconteceu.

Este é um dos principais fatos que levou à conclusão que crianças novas não podem ler.

Crianças muito novas podem começar a ler desde que, no início, as letras tenham um tamanho suficientemente grande para que elas possam distinguir a diferença entre as palavras. A trajetória visual subdesenvolvida, entre o olho e as áreas visuais do cérebro, numa idade ainda precoce, é que impede a criança de fazer a distinção entre as palavras. A mesma questão se poderia colocar com a audição se ao falarmos com uma criança o fizéssemos num tom suave e muito baixo. Também aí a criança teria muita dificuldade em distinguir as diferenças entre os "sons" das palavras e, por consequência dificuldades em compreender tudo o que fosse dito mais tarde.

Então, se do ponto de vista científico as crianças podem aprender a ler desde bastante cedo, o que tem impedido a divulgação dessa informação bem como a sua aplicação generalizada? Alguns desses mitos serão esclarecidos num próximo texto.

Mas mais interessante ainda, é refletir se crianças pequenas querem ler.


Existem muitas evidências que mostram o interesse genuíno das crianças em aprender. Aliás se existe algum denominador comum a todas as crianças que nascem diariamente, em todo o mundo, é a sua curiosidade e vontade de experimentar a vida.

É difícil, até para os melhores cientistas, terem uma curiosidade que se assemelhe à de uma criança com idade entre os 18 meses e os 4 anos.

Qualquer criança desde que nasce está ávida de experiência e conhecimento. Basta colocar um bebê no chão e observar o que ele faz, deslocando-se em todas as direções, tocando, pegando, cheirando, lambendo tudo ou quase tudo o que o rodeia.

Antes disso ainda nas primeiras semanas após o nascimento também se pode observar como ele olha para tudo à sua volta e escuta todos os sons de maneira interessada.

Assim as crianças, desde muito cedo, podem ler, querem ler e devem ler. O importante é dispor de um método adequado para lhes poder proporcionar esse aprendizado.

A maior parte de nós destrói o interesse em aprender, que como observámos atrás, é genuíno em qualquer criança, limitando as experiências que lhe proporcionamos.

Fazemo-lo não só por termos uma vida muito atarefada, mas também, por subestimarmos as suas potencialidades.

Ainda é muito pequena ... tem tempo para aprender quando for para a escola ... estas são algumas das frases que frequentemente se ouvem. E como nada disto pode estar mais longe da verdade. Como exemplo claramente comprovado podemos dizer que qualquer criança com 2 anos aprende uma língua com mais facilidade do que outra com 3 e qualquer criança com 3 anos aprende muito mais rapidamente e melhor uma língua do que outra com 4 e assim sucessivamente. A capacidade de aprender de uma forma fácil e intuitiva vai diminuindo à medida que vamos crescendo.

Como seria maravilhoso se, em vez de subestimarmos as capacidades das crianças, as apreciássemos e encorajássemos, proporcionando-lhes ao mesmo tempo o máximo de oportunidades de aprendizado e diversidade de experiências.

Se é pai de uma criança com menos de 5 anos ou, se se está a preparar para ser pai, desafio-o a proporcionar ao seu filho a oportunidade de aprender a ler!

sábado, 16 de outubro de 2010

O primeiro grande trauma desta nossa vida

Por razões que nada tem a ver com as necessidades da criança, a prática tradicional de cortar o cordão umbilical imediatamente após o nascimento, constitui o primeiro grande trauma desta nossa vida. Cortando o fornecimento de oxigênio abruptamente e, atirando-nos para um extremo stress no meio de uma enorme transição, leva-nos a adotar padrões respiratórios restritivos que, na maior parte dos casos se mantém durante o resto de nossas vidas. Os nossos finos pulmões cheios de fluidos tiveram que se abrir muito rapidamente. Ao sermos forçados a respirar pela primeira vez de forma inesperada e num estado de pânico, somos induzidos em sensações de sufoco e abandono. Somos levados a aceitar a respiração de acordo com a vontade e o tempo de outra pessoa.

No momento do nascimento, cada um de nós, estabelece as bases da sua futura relação com o corpo e com a própria respiração. Para a maioria, como descrevemos, é uma experiência traumática. Muitos nascemos num hospital, onde o parto é considerado uma emergência médica.

Com certeza que a natureza deseja que esta transição seja uma experiência mais gradual, suave e prazerosa. Para a maioria, no entanto, a primeira respiração prematura foi uma experiência dolorosa e a partir daí adotou a crença que é doloroso respirar. A partir desse momento, muitos de nós resistimos a respirar por causa desta crença subconsciente aprendida de que respirar dói. Doeu de muitas maneiras.

Muitos de nós ainda lutamos de forma frântica para reganhar um senso interno de dignidade e controlo que foi perdido no meio de um processo de nascimento que desrespeitou as nossas necessidades básicas.

A mensagem foi clara: Respira como nós queremos, ou morre!!! Foi literalmente uma questão de vida ou morte.

A nossa forma de respirar torna-se restrita a partir da nossa primeira respiração. Posteriormente e como parte integrante da socialização, ao retermos os nossos sentimentos continuamos a condicionar a nossa respiração. Afastamo-nos assim, ainda mais, de nós mesmos ...

Ao não respirarmos completamente, sofremos. A nossa vida permanece marginal.

A boa notícia é que podemos mudar tudo isto com o Descondicionamento!!

Com base nalguns textos de Judith Kravitz criadora da Fundação para a Respiração Transformacional

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Siddhartha e o Descondicionamento

Siddhartha vagueou pelo bosque, absorto em profundos pensamentos.

Encontrou Gautama, o Sábio, e como, ao saudá-lo respeitosamente, lhe visse a expressão tão cheia de bondade e paz, encheu-se de coragem e pediu-lhe autorização para lhe falar. Silenciosamente, o Sábio acenou com a cabeça, dando-lhe permissão.


- Ontem tive o prazer de ouvir os teus maravilhosos ensinamentos, ó Sábio. Vim de longe com o meu amigo para te ouvir, e agora o meu amigo ficará contigo, jurou-te fidelidade. Eu porém, reatarei a minha peregrinação.

- Como desejares - redarguiu o Buda, delicadamente.

- Talvez eu fale de modo muito ousado - prosseguiu Siddhartha -, mas não desejo deixar o Sábio sem lhe comunicar sinceramente os meus pensamentos. O Sábio ouvir-me-á um pouco mais?

O Buda acenou de novo com a cabeça, silenciosamente.

- Numa coisa, acima de tudo, admirei os teus ensinamentos ó Sábio. É tudo absolutamente claro e provado. Mostras o mundo como uma cadeia completa, ininterrupta, uma cadeia eterna, unida entre si por causa e efeito. Nunca tal foi apresentado tão claramente, nunca foi tão irrefutávelmente demonstrado. Estou certo de que o coração de todos os Brâmanes baterá mais depressa quando virem o mundo através dos teus ensinamentos, um mundo completamente coerente, sem uma falha, límpido como cristal, sem depender do acaso nem dos deuses. Se é bom ou mau, se a vida em si é dor ou prazer, se é incerto, talvez não tenha importância; mas a unidade do mundo, a coerência de todos os acontecimentos, o abranger do grande e do pequeno da mesma nascente, da mesma lei de causa, de tornar-se e morrer - isso ressalta claramente dos teus exaltados ensinamentos, ó Ser Perfeito. Mas, de acordo com os teus ensinamentos, essa unidade e consequência lógica de todas as coisas quebra-se num ponto. Através de uma pequena fenda, introduz-se no mundo da unidade algo estranho, algo novo, algo que não estava lá antes e não pode ser demonstrado e provado: a tua doutrina de subir acima do mundo, de salvação. Através dessa pequena fenda, porém, a eterna e simples lei do mundo falha de novo. Perdoa ter levantado esta objeção.


Gautama escutara-o silenciosamente, imóvel. Por fim falou, na sua voz bondosa, cortês e clara:

- Escutaste bem os ensinamentos, ó filho de brâmane, e só te honra teres pensado tão profundamente neles. Encontraste uma falha. Pensa bem nela, de novo. Deixa-me advertir-te, a ti que tens sede de saber, contra a noite das opiniões e o conflito das palavras. As opiniões não significam nada; podem ser belas ou feias, inteligentes ou idiotas, qualquer as pode aceitar ou rejeitar. Mas os ensinamentos que escutaste não são a minha opinião e o seu objetivo não é explicar o mundo àqueles que tem sede de saber. O seu objetivo é completamente diferente; o seu objetivo é a libertação do sofrimento. É isso que Gautama ensina, e nada mais.

Não te zangues comigo, ó Sábio - pediu o jovem. - Não te falei para discutir contigo acerca de palavras. Tens razão ao dizer que as opiniões pouco significam, mas permite que acrescente mais uma coisa. Nem por um momento duvidei de ti, nem por um momento duvidei que fosses o Buda, que tivesses alcançado o mais alto objetivo, que tantos milhares de brâmanes e filhos de brâmanes se esforçam por alcançar. Conseguiste-o com a tua procura, a teu modo, através da meditação, do saber e do esclarecimento. Não aprendeste nada através de ensinamentos, e por isso eu penso, ó Sábio, que ninguém encontra a salvação através deles. A ninguém, ó Sábio, poderás comunicar, por palavras e ensinamentos,o que te aconteceu na hora do teu esclarecimento. Os ensinamentos do Buda iluminado abrangem muito - como viver virtuosamente, como evitar o mal, muito. Mas há uma coisa que essa doutrina clara, meritória, não contém: o segredo do que o Sábio conheceu pessoalmente, aquilo que só a ele, entre centenas de milhares, foi dado conhecer. Foi isso que pensei e de que tive consciência quando ouvi os teus ensinamentos. É por isso que vou seguir o meu próprio caminho - não em busca de outra e melhor doutrina, pois sei que não existe, mas para abandonar todas as doutrinas e todos os mestres e alcançar sózinho o meu objetivo. Ou morrer. No entanto, ó Sábio, recordarei muitas vezes esta hora em que os meus olhos viram um homem santo.

Os olhos do Buda estavam baixos, o seu rosto insondável exprimia absoluta equanimidade.

- Espero que não estejas enganado no teu raciocínio - disse, lentamente, o sábio. - Oxalá alcances a tua meta! Mas, dize-me uma coisa, viste o meu grupo de homens santos, os meus muitos irmãos que juraram fidelidade à doutrina? Pensas, ó samana de longe, que seria melhor para todos eles repudiar os ensinamentos e regressar à vida do mundo e dos desejos?

- Jamais me acudiu semelhante pensamento! - exclamou Siddhartha. - Possam todos respeitar a doutrina! Possam todos alcançar o seu objetivo! Não me compete julgar outra vida. Só devo julgar o que me diz respeito, escolher e rejeitar. Nós, samanas, procuramos libertar-nos do Eu, ó Sábio. Se fosse um dos teus adeptos, receio que só o seria superficialmente, que me enganaria a mim próprio pensando que estava em paz e alcançara a salvação, quando na verdade o Eu continuaria a viver e a desenvolver-se, pois ter-se-ia transformado na tua doutrina, na minha fidelidade e no meu amor por ti e pela comunidade dos monges.

Com um meio sorriso de imperturbável alegria e cordialidade, o Buda fitou firmemente o desconhecido e mandou-o embora, com um gesto quase imperceptível.

- És inteligente, ó samana, sabes falar inteligentemente, meu amigo. Acautela-te contra demasiada inteligência.

O Buda afastou-se e o seu olhar e o seu meio-sorriso ficaram para sempre gravados na memória de Siddhartha.

"Nunca vi um homem olhar e sorrir, sentar-se e caminhar como ele", pensou. "Também gostaria de olhar e sorrir, sentar-me e caminhar assim, tão livre, tão respeitável, tão dominado, tão inocente, tão infantil e misterioso. Um homem só olha e caminha assim quando venceu o Eu. Também vencerei o meu Eu."

"Vi um homem, um único", continuou Siddhartha a pensar, "perante o qual devo baixar os olhos. Nunca mais baixarei os olhos perante nenhum homem. Nenhuma outra doutrina me atrairá visto a deste homem não me ter atraído.

"O Buda roubou-me, o Buda roubou-me e, contudo, deu-me algo de maior valor. Roubou-me o meu amigo, que acreditava em mim e acredita agora nele; era a minha sombra e agora é a sombra de Gautama. Mas deu-me Siddhartha, devolveu-me a mim próprio."

O Descondicionameno é o caminho que pode permitir ao Leitor, conhecer pessoalmente o que o Sábio e Siddhartha alcançaram, seguindo o seu próprio caminho, encontrando-se consigo mesmo!


retirado de Siddhartha de Herman Hesse - Editorial Minerva Fevereiro 2 Edição reimpressa 1996

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Eva e Lilith

Este é apenas um entre muitos estudos sobre o que pode ser denominado como Arquétipo Feminino.

A palavra Lilith vem do sumério Lulu, que significa libertinagem. Lilith (לילית em hebraico) é conhecida como um demônio feminino da noite que originou na antiga Mesopotâmia. Lilith era associada ao vento e, pensava-se, por isso, que ela era portadora de mal-estares, doenças e mesmo da morte. Porém algumas vezes ela se utilizaria da água como uma espécie de portal para o seu mundo. Dentro da Filosofia Gnóstica, o Inferno da Terra é regido por dois demônios, Lilith e Nahemah. Nahemah rege as duas primeiras Esferas, ou Círculos Dantescos, onde vibra uma classe de infra-sexualidade ligada ao adultério, às paixões, à bigamia, à fornicação etc.


Lilith dirige as outras 7 Esferas infernais, onde reina a sexualidade mais depravada, onde se vê o homossexualismo e o lesbianismo, a masturbação e as taras e todos os tipos de fantasias sexuais .A imagem de Lilith, sob o nome Lilitu, apareceu primeiramente na Suméria por volta de 3000 A.E.C. Muitos estudiosos atribuem a origem do nome fonético Lilith por volta de 700 A.E.C.Lilith figura como um demônio da noite nas escrituras hebraicas (Talmud e Midrash). Lilith é também referida na Cabala como a primeira mulher de Adão, sendo que em uma passagem (Patai81:455f) ela é acusada de ser a serpente que levou Eva a comer o fruto proibido. No folclore popular hebreu medieval, ela é tida como a primeira esposa de Adão, que o abandonou, partindo do Jardim do Éden por causa de uma disputa, vindo a tornar-se a mãe dos demônios. De acordo com certas interpretações da criação humana em Gênesis, no Antigo Testamento, reconhecendo que havia sido criada por Deus com a mesma matéria prima, Lilith rebelou-se, recusou-se a ficar sempre em baixo durante as suas relações sexuais. Na Suméria e na Babilônia ela ao mesmo tempo que era cultuada era identificada com os demônios e espíritos malignos. Seu símbolo era a lua, pois assim como a lua ela seria uma deusa de fases boas e ruins. Alguns estudiosos assimilam ela a várias deusas da fertilidade, assim como deusas cruéis devido ao sincretismo com outras culturas. No fictício Livro de Nod, é também conhecida como Deusa da Lua, aquela que ensina Caim habilidades vampíricas, a que é tão antiga quanto o próprio Deus criador do céu e da terra. A imagem mais conhecida que temos dela é a imagem que nos foi dada pela cultura hebraica, uma vez que esse povo foi aprisionado e reduzido à servidão na Babilônia, onde Lilith era cultuada, é bem provável que viam Lilith como um símbolo de algo negativo. Vemos assim a transformação de Lilith no modelo hebraico de demônio. Assim surgiram as lendas vampíricas, Lilith tinha 100 filhos por dia, súcubus quando mulheres e íncubus quando homens, ou lilims. Eles se alimentavam da energia desprendida no sexo e de sangue humano. Também podiam manipular os sonhos humanos, seriam os geradores das poluções noturnas. Mas uma vez possuído por um súcubus dificilmente um homem saía com vida. Três anjos foram enviados em seu encalço, quando ela deixou o Éden porém ela se recusou a voltar. Juntou-se aos anjos caídos onde se casou com Samael que tentou Eva ao passo que Lilith Tentou a Adão os fazendo cometer adultério. Então o homem foi expulso do paraíso e Lilith tentaria destruir a humanidade, filhos do adultério de Adão com Eva, pois mesmo deixando seu marido ela não aceitava sua 2ª mulher. Ela então perseguiria os homens, principalmente os adúlteros, crianças e recém casados para se vingar. Após os hebreus terem deixado a Babilônia Lilith perdeu sua representatividade e foi limada do velho testamento. Eva é criada no sexto dia, e depois da solidão de Adão ela é criada novamente, sendo a primeira criação referente na verdade a Lilith no Gênesis. Algumas vezes Lilith é associada com a deusa grega Hécate, "A mulher escarlate", um demônio que guarda as portas do inferno montada em um enorme cão de três cabeças, Cérbero. Nos 2 últimos séculos a imagem de Lilith começou a passar por uma transformação em alguns círculos intelectuais europeus, por exemplo, na literatura e nas artes, quando os românticos passaram a se ater mais a imagem sensual e sedutora de Lilith , e aos seus atributos considerados impossíveis de serem obtidos.De acordo com Hermínio, "Lilith foi feita por Deus, de barro, à noite, criada tão bonita e interessante que logo arranjou problemas com Adão". Esse ponto teria sido retirado da Bíblia pela Inquisição. A sabedoria rabínica definida na versão jeovística, que se coloca lado a lado, precedendo-a de alguns séculos, da versão bíblica dos sacerdotes. Sabemos que tais versões do Gênesis e o mito do nascimento da mulher são ricas de contradições e enigmas que se anulam. Durante os primeiros séculos da era cristã, o mito de Lilith ficou bem estabelecido na comunidade judaica. Lilith aparece no Zohar, o livro do Esplendor, uma obra cabalística do século 13 que constitui o mais influente texto hassídico e no Talmude, o livro dos hebreus. No Zohar, Lilith era descrita como succubus, com emissões noturnas citadas como um sinal visível de sua presença. Os espíritos malignos que empesteavam a humanidade eram, acreditava-se, o produto de tais uniões.

No Zohar Hadasch , está escrito que Samael , junto com sua mulher Lilith, tramou a sedução do primeiro casal humano. O Talmude menciona que "Quando a serpente envolveu-se com Eva, atirou-lhe a mácula cuja infecção foi transmitida a todos os seus descendentes...

http://pt.shvoong.com/humanities/religion-studies/1897001-lilith/

As duas eram muito amigas, quase irmãs. Mais que irmãs, uma espécie de almas complementares. Sempre foram diferentes, mas tudo o que faltava em uma sobrava na outra. Talvez por isso gostassem tanto de trocar experiências. Lilith tinha misteriosos e belos olhos negros, cabelos longos, escuros e lisos; os olhos de Eva, não eram menos belos, porém muito azuis e os cabelos encaracolados, dando-lhe um ar angelical. Até mesmo os sonhos das duas eram muito diferentes, pois enquanto Eva sonhava casar-se, ter muitos filhos e ser feliz como em um conto de fadas, Lilith ambicionava apenas viver plenamente de acordo com sua natureza meio bárbara. Queria encontrar alguém, sim, mas não para casar-se. Desejava apenas um homem tão selvagem quanto ela, capaz de lhe proporcionar no mínimo três orgasmos, um atrás do outro.
Ficaram muitos anos sem se ver, as duas amigas. Mas naquele dia, talvez por capricho do destino, encontraram-se novamente. Felizes, como nos velhos tempos, confidenciaram suas intimidades uma à outra. Eva tinha se casado, possuía três lindos filhos, uma casa com um belo jardim e se considerava a mulher mais feliz do mundo. Seu marido não era nenhum galã, mas lhe dava a vida pacata que sempre almejara. Chegava cedo a casa, colocava os chinelos e roncava em frente à TV. Tímido e desajeitado fazia com que ela se sentisse segura quanto à sua fidelidade. Já Lilith estava intensamente envolvida com um homem misterioso, irresistivelmente sedutor, tal como sempre sonhara. É verdade que ela não sabia muito sobre ele, mas até preferia assim. Sabia apenas seu primeiro nome, que talvez nem fosse o verdadeiro. Entre conversas e risos elas se despediram, mas não sem antes combinarem um jantar em casa de Eva. Afinal Lilith conheceria a família de sua melhor amiga. E Lilith foi. E teve a maior surpresa de sua vida, pois descobriu que o acanhado e bem comportado marido de Eva abrigava-se no mesmo corpo de seu animal selvagem.

http://pt.shvoong.com/books/novel-novella/1664530-eva-lilith/

Psicóloga e analista Junguiana, a autora procura demonstrar o por que dos esforços para banir da consciência humana a figura de Lilith. Ela representa o EU feminino.
Este livro é uma antologia de contos mitológicos antigos e modernos que a autora interpreta visando mostrar o lado instintivo da feminilidade que tem sido motivo de temor, sendo rejeitada pela cultura e pela religião patriarcal e tradicional.
Lilith, a primeira Eva, ou mulher que tentou Adão faz parte da mitologia de muitas culturas - sumeriana, babilônica, assíria, Cananéia, hebraica, árabe, teutônica. Entidade noturna, vivia nas margens do mar Vermelho ou no deserto. Aparece em relatos do Zohar, o Livro do Esplendor, obra cabalística do século XIII, e no Talmude, onde é narrado como ela se relacionou com Adão nos 130 anos em que ele esteve separado de Eva, gerando muitos espíritos, demônios ou Lilites, chamados de "os flagelos da humanidade".
Surgida do caos, segundo o Zohar, Lilith age como uma força que se contrapõe para criar um equilíbrio de forças, além de fortalecer o ego masculino, enquanto que Eva é a "mãe de todos os que vivem" foi criada posteriormente da costela de Adão. Lilith surgiu como uma personificação dos aspectos negligenciado da Grande Deusa. Tendo sido diminuída (Lua) no ato da criação, humilhada, transformou-se numa pessoa vingativa e assassina de crianças. A mitologia relata toda essa vida de amargura, raiva e dor, reivindicando a igualdade por também ser originada do pó da terra como Adão.
Psicologicamente para Neumann, essa atitude descreve a necessidade e o valor das ações - liberdade de se mover, agir, escolher, decidir, por parte da mulher, a fim de sair da fase de consciência de dependência para a individuação do ego feminino. Talvez seja a necessidade de religar-se ao espírito.
Cita a sabedoria de Salomão no caso da decisão sobre a criança disputada por duas mulheres - seria uma ilustração dessa dualidade psíquica - Lilith, a estranguladora de crianças e Eva a que nutre a vida. - que leva a mulher conhecer sua própria natureza feminina e a outra que deseja a liberdade. Em síntese: Lilith é na verdade como um animal em pleno deserto, livre, individuado, que lida com a morte, o oposto de Eva que é o lado feminino instintivo que nutre a vida.

http://pt.shvoong.com/books/mythology-ancient-literature/1905957-livro-lilith/

A proposta é dar uma interpretação alternativa a esta famosa história, mais que simplesmente tentar dar uma explicação para a criação do homem ou de uma linhagem deste, a história de Adão e Eva nos remete as etapas de desenvolvimento mental do ser humano, que ao nascer ainda não possui a consciência desenvolvida, pouco percebendo as coisas que o cerca e obedecendo sem questionamentos as orientações do Progenitor. Com o passar do tempo, o casal bíblico dá início a um comportamento questionador e consciente do mundo a sua volta, tal como adolescentes, quando então o Pai passa a julgá-los aptos a seguir suas vidas sem a sua proteção.

Estariam, então, Adão e Eva aptos a viver com os (ou como) mortais antes de comer do fruto da árvore do conhecimento ?

Segundo as Escrituras, quando Adão e Eva foram criados, Deus lhes dava tudo que fosse necessário à vida, sendo que a única coisa que lhes pedia em troca era a fé e, mais especificamente, que não tomassem contato com o conhecimento do bem e do mal, tal como faria um pai protetor:

Gênesis 2:16 e 2:17: Ordenou o Senhor Deus ao homem, dizendo: De toda árvore do jardim podes comer livremente; mas da árvore do conhecimento do bem e do mal, dessa não comerás; porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás.

Neste momento, a consciência do homem ainda é a consciência de Deus e, enquanto assim permanecesse, o homem seria Um com Deus, não sendo um indivíduo, mas uma extensão do Criador.
Mas, em seguida, manifestam-se os primeiro sinais de autoconsciência, dando início ao questionamento dos propósitos do Pai sobre o que seria melhor para Seus filhos.

Gênesis 3:5 Serpente* : Porque Deus sabe que no dia em que dele comerdes (o fruto da árvore do conhecimento) se abrirão os vossos olhos, e sereis como Deus, sabendo o bem e o mal.

Gênesis 3:6: Então, vendo a mulher que aquela árvore era boa para se comer, e agradável aos olhos, e árvore desejável para dar entendimento, tomou do seu fruto, comeu, e deu a seu marido, e ele também comeu.

Gênesis 3:7: Então foram abertos os olhos de ambos, e conheceram que estavam nus; pelo que coseram folhas de figueira, e fizeram para si aventais.

Nota-se que agora o homem olha para si como se tomasse consciência de sua condição e de sua existência como indivíduo.
Após este versículo, Deus suspende todos os privilégios e anuncia que Adão e Eva enfrentarão toda uma série de desafios que consideramos naturais em nossas vidas cotidianas e em seguida demonstra reconhecer que o homem se tornou, como Ele, um ser com entendimento e discernimento, ou seja, tornou-se uma consciência autônoma ao exercer seu livre arbítrio.

Gênesis 3:22: Então disse o Senhor Deus: Eis que o homem se tem tornado como um de nós, conhecendo o bem e o mal. Ora, não suceda que estenda a sua mão, e tome também da árvore da vida, e coma e viva eternamente.

O próximo versículo simboliza a conclusão desta criação, quando o homem sai do seio de Deus e é lançado à Terra, tornando-se um mortal.

Gênesis 3:23: O Senhor Deus, pois, o lançou fora do jardim do Éden para lavrar a terra, de que fora tomado.

Portanto, entende-se que, de acordo com o texto bíblico, o “processo de criação da espécie humana" não se realiza completamente no instante em que Deus cria o homem do barro e a mulher de sua costela, mas no decorrer de toda a história humana no Jardim do Éden, começando com sua individualização espacial (circunscrição física) através do barro, passando pela individualização da consciência pelo ato de comer o fruto proibido, o qual acarretou sua expulsão e deu início ao seu retorno ao Paraíso ou à busca da felicidade perdida.

* Nota: a serpente é uma antiga divindade da sabedoria no Oriente Médio, portanto não surpreende que nesta história haja a presença dela junto à árvore do conhecimento.

Para não tornar o artigo desnecessariamente longo, citam-se apenas os versículos do Gênesis que corroboram a interpretação aqui proposta.

http://pt.shvoong.com/books/mythology-ancient-literature/1926068-ad%C3%A3o-eva-met%C3%A1fora-da-autoconsci%C3%AAncia/

Nas primeiras versões da Bíblia, não traduzidas para o português, Lilith teria sido a primeira mulher de Adão. Ao contrário de Eva, que fora feita de um pedaço da costela do homem, Lilith tinha sua origem no mesmo barro do qual fora feito seu parceiro, sendo, portanto, igual a ele e não uma “cria” sua. Diz o mito que, durante o ato sexual, Lilith pediu a Adão que a deixasse ficar por cima. Ele ignorou o pedido, irritando-a e fazendo com que ela o abandonasse, indo viver isolada às margens do Mar Vermelho para cuidar de suas cobras e escorpiões. O mito de Lilith possui várias versões em todos os tempos e civilizações. Um exemplo disso é o monstro Lâmia, da mitologia grega. Revoltada com Hera por matar os filhos que tivera com Zeus, a fera tornou-se uma devoradora de crianças, negando assim, um aspecto importante do feminino.

http://pt.shvoong.com/books/mythology-ancient-literature/1627307-lilith/


O primeiro livro da Bíblia, Genesis, conta a história de Adão e Eva... mas segundo o Zohar, o livro do Esplendor, uma obra cabalística do século 13 que constitui o mais influente texto hassídico e no Talmud, o livro dos hebreus, Eva não foi a primeira mulher de Adão.

Quando Deus criou o Adão, ele o fez com dois sexos, depois dividiu-o ao meio, e batizou a metade fêmea de Lilith e a deu como companheira de Adão. Mas Lilith revoltou-se, não queria ser dele. Lilith queria liberdade de agir, de escolher e decidir, queria os mesmos direitos do homem mas quando constatou que não poderia obter status igual, se rebelou e não submeteu-se a Adão, passou a odia-lo e fugiu para ir ter com o Diabo. De acordo com o astrólogo Hermínio, "Lilith foi feita por Deus, de barro, à noite, criada tão bonita e interessante que logo arranjou problemas com Adão". Lilith aparece em relatos da Torah assírio-babilônica e hebraica entre outros textos apócrifos. Na versão jeovística (da tradição religiosa hebraica) para o Gênesis, enriquecida pelos testemunhos orais dos rabinos consta que Lilith foi criada com pó negro e excrementos, condenada por Jeová-Deus a ser inferior ao homem. Essa parte teria sido retirada da Bíblia pela Inquisição. Foi então que começou a eterna divergência entre o masculino e o feminino, pois Lilith não se conformou com a submissão ao homem. Segundo as versões aramaica e hebraica do Alfabeto de Ben Sirá (século 6 ou 7). Todas as vezes em que eles faziam sexo, Lilith mostrava-se inconformada em ter de ficar por baixo de Adão, suportando o peso de seu corpo. E indagava: "Por que devo deitar-me embaixo de ti? Por que devo abrir-me sob teu corpo? Por que ser dominada por ti? Contudo, eu também fui feita de pó e por isso sou igual a ti." Mas Adão se recusava a inverter as posições, consciente de que existia uma "ordem" que não podia ser transgredida. Lilith deve submeter-se a ele pois esta é a condição do equilíbrio preestabelecido. Deus então tomou uma costela de Adão e criou Eva, mulher submissa, dócil, inferior perante o homem. Quando Deus proibiu Adão e Eva de comer do fruto sagrado, Lilith orientada pelo Demônio, se disfarçou de serpente e seduziu Eva induzindo-a a desobedecer a Deus. (Alguns escritos contam que Adão queixou-se a Deus sobre a fuga de Lilith e, para compensar a tristeza de Adão, Deus decidiu criar Eva, moldada exatamente como as exigências da sociedade patriarcal. A mulher feita a partir de um fragmento da costela de Adão. É o modelo feminino permitido ao ser humano pelo padrão ético judaico-cristão. A mulher submissa e voltada ao lar. Assim, enquanto Lilith é força destrutiva (o Talmude diz que ela foi criada com 'imundície' e lodo), Eva é construtiva e Mãe de toda Humanidade (ela foi criada da carne e do sangue de Adão). Adão e Eva são a primeira representação da idéia de conflito na história humana....Mas vamos parar de falar em Adão e vamos falar de Eva, este ser misterioso que se tornou a mulher nos tempos atuais. Durante muitos séculos a mulher viveu submissa unicamente para servir ao homem seu senhor supremo, era criada desde o berço para reprimir seus desejos e para ser escrava e companheira do homem dando-lhe sexo e alimentação. A partir do século XX, com a crescente industrialização no mundo, que a mulher passou a adentrar o mercado de trabalho: algumas de maior aquisição, como secretárias, enfermeiras ou professoras; outras menos favorecidas em indústrias, nas piores condições possíveis Mas a mulher se emancipou cansou-se de ser submissa e exigiu os mesmos direitos dos homens. Está ai a mulher que conhecemos hoje, batalhadora, poderosa, teimosa charmosa e sedutora, que não aceita mais a submissão. . Emancipada, contestadora, sem medo de viver sua sexualidade, ganhou cada vez mais espaço a partir dos anos 60, provavelmente inspirada por Lilith.

http://pt.shvoong.com/humanities/1663349-lilith/

Para reflexão:
- Como é que a vida no nosso planeta evoluiu a partir dos anos 60?

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Descondicionamento - Mais sobre

O Descondicionamento irá ser desenvolvido neste espaço para que o leitor possa ser esclarecido sobre as sua forma de funcionamento e as suas possibilidades. Falarei também dos excelentes resultados que tem vindo a proporcionar a um número cada vez maior de pessoas.


Tem-se revelado ser, em simultâneo, uma extraordinária forma de auto-conhecimento.

O Descondicionamento nesta minha perspectiva pretende contribuir de forma decisiva para o Despertar do ser humano, do Sono profundo em que se encontra quase desde o seu aparecimento neste planeta, há alguns milhões de anos.

Durante todo este período, poucos conseguiram verdadeiramente despertar desse sono e, se elevaram acima dos processos inconscientes, mecânicos e repetitivos da mente.

Só através de processos de descondicionamento funcionais se poderá sair do atual estado de hipnose e automatização da consciência.

Despertando, cada ser humano individual, retoma o contato com a sua essência e liberta-se da prisão em que se encontra, contribuindo também para uma real e efetiva evolução da sociedade como um todo.

Ao reencontra-se com a sua essência o homem afasta-se da sua máscara (personalidade) e, restaura o seu estado de liberdade que lhe é inerente.

Assim o ser humano pode alcançar o estado de verdadeira felicidade por que tanto anseia.

domingo, 25 de julho de 2010

A Pineal e os seus múltiplos atributos

Para poder ver, você precisa parar de se colocar no meio da imagem.
Sri Aurobindo

A glândula pineal desempenha um papel importante no desenvolvimento integral e na vida dos seres humanos.

Futuramente escreverei  mais algumas matérias falando das suas potencialidades, das consequências do seu mau funcionamento, adormecimento, calcificação e, de algumas estratégias para reabilitar o seu normal funcionamento.

Embriológicamente, a glândula pineal deriva de um terceiro olho que se começa a desenvolver bem cedo no embrião e que posteriormente degenera.

Alcança o ápice do seu desenvolvimento por volta dos 7 anos de idade e alguns estudos referem-se à sua possível influência sobre o processo de maturação das glândulas sexuais.

Encontra-se localizada no centro geométrico da cabeça aproximadamente ao nível dos olhos.

É possível que esta glândula tenha estado, alguma vez, localizada mais perto do topo da cabeça. Em algumas espécies de répteis ainda aí está localizada, formando uma espécie de órgão perceptivo sensível à luz, assemelhando-se a outro olho.

Foi designada como "lugar da alma" por René Descartes.

Acredita-se que a pineal influencia os sistemas nervoso e endócrino embora ainda não se saiba muito bem como.

Existe, no entanto, um acordo generalizado de que a pineal é afetada pela luz. A melatonina que é uma substância relevante na pigmentação das células, tem sido isolada a partir da pineal.

É possível que a pineal desempenhe algum papel secreto na conexão entre a luz e a química do corpo.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Viajante extremamente filosófico

Conta-se que no século passado um turista americano foi à cidade do
Cairo, no Egito, com o objetivo de visitar um famoso sábio.
O turista ficou surpreso ao ver que o sábio morava num quartinho muito
simples e cheio de livros. As únicas peças de mobília eram uma cama, uma
mesa e um banco.
- Onde estão seus móveis? - perguntou o turista.
E o sábio, bem depressa, olhou ao seu redor e perguntou também:
- E onde estão os seus...?
- Os meus?! - surpreendeu-se o turista. Mas estou aqui só de passagem!
- Eu também... - concluiu o sábio.

"A vida na Terra é somente uma passagem... No entanto, alguns vivem como
se fossem ficar aqui eternamente, e se esquecem de ser felizes."

Retirado de uma mensagem de e-mail enviada por um amigo

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Elementos morais da civilização (1)

Poucas sociedades se contentam de repousar a sua moral sobre bases económicas e utilitárias. Porque o indivíduo não é por natureza dotado de nenhuma disposição para subordinar os interesses particulares aos do grupo, ou para obedecer a irritantes regulações que não vê apoiadas na força. A fim de dar à moral um invisível "compelidor" e fortalecer os impulsos sociais contra os impulsos individualistas por meio de compreensão abstrata, as sociedades utilizaram-se das religiões. O antigo geógrafo Estrabão expressou ideias muito adiantadas a este respeito, há mil e novecentos anos:


No lidar com uma multidão de mulheres, ou com uma massa promíscua, o filósofo não consegue influenciá-las pela razão, exortando-as à reverência, à piedade, à fé; não; faz-se necessário o medo religioso, e este medo não pode ser criado, sem mitos e maravilhas. Porque trovôes, escudos, tridentes, archotes, cobras, lanças, tirsos - armas dos deuses - são mitos, e isso em toda a mitologia. Mas os fundadores de estados deram sua sanção a essas coisas, como a papões que amedrontam os espíritos simples. E como esta é a natureza da mitologia, e como ela tem o seu lugar no plano da vida social bem como na história dos fatos reais, os antigos agarravam-se aos seus sistemas de educação de crianças e aplicavam-nos aos homens de idade madura; e por meio da poesia supunham poder satisfatóriamente disciplinar todos os períodos da vida. Mas agora, depois de longo tempo, a escrita da história e da filosofia vieram para a frente. A filosofia, entretanto, é coisa para poucos, ao passo que a poesia é própria para as massas.

As morais, portanto passaram a ser apoiadas pelas sanções religiosas, porque o mistério e o sobrenatural fornecem um suporte que por si mesmas não possuem as coisas empíricamente conhecidas e genéticamente compreendidas; os homens são mais fácilmente governados pela imaginação do que pela ciência. Mas seria essa utilidade moral a fonte ou a origem da religião?

Extraído de História da Civilização - Primeira parte, Tomo 1 por Will Durant

sábado, 26 de junho de 2010

Consulta On-line

A sessão on-line é hoje uma extraordinária ferramenta que permite a um cada vez maior número de pessoas beneficiar de opções de ajuda a uma escala global, praticamente a partir de qualquer lugar onde haja internet.

 As sessões On-line são uma aplicação particular do Descondicionamento, destinado a ajudar todos aqueles que necessitam de ajuda para equilibrar uma parte de suas vidas, em particular. Os processos a utilizar são fáceis e rápidos de aprender e são especialmente concebidos para resolver a questão que for apresentada. 


São processos que funcionam e que produzem efeitos no momento em que estão a ser realizados. Os resultados podem ser mais ou menos rápidos em função do esforço e dedicação da pessoa envolvida e do tipo de caso.
 
Durante a prática dos processos você poderá sentir diversas reações que podem ir desde sono, dores, vômitos, sensações de desconforto, a descargas emocionais como raiva, irritação, tristeza, revolta, entre outras etc. 

A prática é simples e auto-aplicável, sendo o processo totalmente orientado por mim durante a sessão “presencial” via net. 

Na grande maioria dos casos são alcançados excelentes resultados com poucas sessões

 Vicios e situações crónicas podem demandar a necessidade de mais sessões.
 
Seguem-se algumas informações importantes a respeito da sessão on-line.

 Como é realizada a sessão?

A sessão é realizada através da comunicação por voz via Skype (utilizando o áudio! Não faço sessão através de teclado). É como uma chamada telefónica.

Baixe o seu skype gratuitamente neste link (fácil de baixar e de usar):
http://www.skype.com/go/downloading

A utilização de webcam é opcional. É necessário microfone e caixas de som, de preferência headphones que já vem com microfone instalado num equipamento só.

O Skype é muito fácil de usar. Qualquer pessoa com noções básicas de informática consegue baixar e operá-lo sem dificuldades. No entanto, caso você não consiga, peça ajuda a alguém para ajustar o Skype para você antes de entrar em contato para agendar sessão.

Na primeira sessão, você conhecerá mais em detalhe os principais aspectos do Descondicionamento. Saberá também qual a melhor abordagem para o seu caso concreto.

Os processos são fáceis de realizar e devem ser efetuados de preferência em silêncio utilizando o pensamento, embora possam também ser efetuados através da fala.

Com a minha orientação, todos conseguem executar os processos, em todos os casos. Faço sessões online diariamente, com pessoas que nunca ouviram falar do Descondicionamento e nunca há qualquer dificuldade em se executar o processos.

A eficácia dos processos é a mesma, seja presencial ou online. A sessão online tem a vantagem de não haver gasto de tempo e dinheiro com deslocamento.


Em que tipo de casos se pode recorrer ao Descondicionamento?


Basicamente, em qualquer tipo de problema emocional, alguns problemas mentais e espirituais bem como doenças psicossomáticas podem melhorar ou até mesmo desaparecer com a prática dos processos do Descondicionamento. Abaixo encontra uma lista mais detalhada de algumas situações em que o Descondicionamento poderá ajudar.

  O Descondicionamento tem funcionado em casos de:

- Ajuda a terceiros, por exemplo, filhos, pais, irmãos, marido, esposa, pessoas idosas. Neste caso é excelente e uma das poucas abordagens disponíveis para ajuda a outros.
- Fobias de todos os tipos – altura,claustrofobia, avião, dirigir, animais...
- Melhora da auto-estima, autoconfiança
- Dissolução de sentimentos de raiva ou mágoa
- Dificuldades nos relacionamentos
- Frustração, sentimento de rejeição, abandono,Inferioridade
- Traumas – acidentes, abusos,violência físicas e psicológicas
- Bloqueios na parte sexual
- Tratamento da parte emocional e sintomas, de forma natural, de doenças graves sem interferir no tratamento médico convencional (câncer, diabetes, pressão alta, artrite, artrose, alergias severas, etc...) contribuindo até em muitos casos para a potenciação do mesmo.
- “Bloqueios” que impedem a realização de alguma atividade desejada cursos, trabalhos, projetos, sonhos...
- Enxaquecas e dores dos mais diversos tipos
- Bloqueios que impedem prosperidade financeira
- Libertação de vícios, dependência ou emagrecimento
- Depressão ou pânico
- Procrastinação, ansiedade, insônia
- Busca pelo desenvolvimento pessoal, auto conhecimento, paz interior, crescimento em qualquer área.

Tempo e Investimento nas Sessões

O valor de uma sessão é de R$ 170 ou 60 Euros e tem duração de, a primeira 90 minutos e as restantes 60 minutos.

A prática dos processos do Descondicionamento costuma dar resultados práticos perceptíveis desde o início. Algumas questões são geralmente resolvidas em poucas sessões.

Outras, como atrás referido, podem demandar várias sessões, pois depende do tipo de caso, da cronicidade e da dedicação do envolvido.


Horário de atendimento

Segunda a sexta feira mediante disponibilidade. Inicio o primeiro atendimento as 06:00 e o ultimo as 20:00.

Formas de Pagamento

O pagamento pode ser feito através de depósito bancário.
Compromisso ao agendar a sessão

O meu tempo, o seu tempo, e o seu dinheiro são muito importantes. Por isso o agendamento seguirá regras de um compromisso importante. Essas regras valem tanto para o agendamento da primeira sessão, quanto para o agendamento das sessões seguintes.

1) O agendamento definitivo somente será realizado após o pagamento efetuado. Depois que o cliente entra em contato informando como deseja pagar, e efetua o pré-agendamento, o cliente tem 24 horas para confirmar o pagamento e garantir o agendamento em definitivo do horário.

2) Quando reservo um horário, o horário fica comprometido. Fico impedido de atender outro cliente ou de executar e planejar qualquer outra atividade. Por este motivo um novo agendamento somente poderá ser efetuado desde que entre em contato comigo por email ou telefone em até 24 horas úteis antes do horário marcado. Caso contrário a sessão será dada como realizada.

3) Se eu, por qualquer motivo tiver necessidade de cancelar a sessão, também o
farei em até 24 horas antes do horário marcado. Caso eu não cumpra essa regra, o cliente pode escolher:

- receber em dobro o pagamento que fez se não quiser mais fazer a sessão, ou
- fazer um novo agendamento da sessão perdida, ficando com direito a marcar mais uma sessão (além da que foi re-agendada) que será gratuita.

4) Configurar o Skype corretamente é de sua responsabilidade, bem como ter o seu equipamento funcionando bem para realização da sessão. Antes de entrar em contato para agendar, configure e teste seu equipamento e tenha certeza que está tudo funcionando bem. Caso tenha dificuldades, peça ajuda a um profissional. Se a sessão não puder ser realizada por ter sido negligenciado a configuração da máquina, será mesmo assim considerada como realizada. Por isso, para evitar perda de tempo e prejuízos, verifique e teste o seu computador antecipadamente.

No próprio Skype você pode fazer um teste de chamadas para verificar se está tudo funcionando bem.

5) Você precisa de uma boa conexão para que a sessão seja feita com qualidade. A vasta maioria das conexões atende bem as necessidades. Mas, caso você já saiba previamente que a sua conexão é instável ou não tem uma boa qualidade, é melhor resolver esta questão antes de entrar em contato para agendar.

6) Ao entrar em contato comigo para solicitar agendamento, por favor, informe que leu e está ciente de todas as informações e condições descritas no texto acima.

Os meus contatos são os seguintes:

E-mail: contato@fernandobaptista.com.br

Skype: geraliadph

Telefone: (45) 3226-6593 


Fernando Baptista 

Tao Te Ching

Sabedoria ou Sapiência não é inteligência. Saber é saborear experiencialmente, intuitivamente, não é pensar analíticamente.
A ciência é o produto da inteligência - a sapiência é dádiva da razão.

A ciência vem do pequeno ego - a sapiência brota da Fonte do grande Cosmos, que no homem se revela como o Eu e flui pelos canais humanos, se esses estiverem devidamente desegoficados e firmemente ligados à Fonte cósmica.

O sábio está invisívelmente presente em suas obras e visivelmente ausente de todas elas, porque ele age pelo seu Ser, muito mais que pelo seu Fazer ou Dizer.
Toda a sabedoria está em que o Verso (ego) se deixe sempre guiar pelo Uno (Eu); que este vá sempre na vanguarda, e aquele na retaguarda.

Nenhuma inteligência analítica pode abrager a Realidade Infinita. Tudo o que a inteligência explica, implica ou complica é desfeito, num instante , pela visão intuitiva da Realidade.

O Universo não tem preferências,
Todas as coisas lhe são iguais.


Não cuida do seu ego,
E por isto o seu Eu prospera.
É esta a reta ordem cósmica:
Somente o desinteressado se auto-realiza.

Quem é rico e estimado,
Mas não conhece a sua limitação,
Atrai a sua própria desgraça.
Quem faz grandes coisas,
E delas não se envaidece,
Esse realiza o céu em si mesmo.

Saber tratar de coisas externas sem perder a concentração interna, ser místico por dentro e ser ativo por fora; possuir toda a sabedoria intuitiva sem se derramar pela ciência analítica; poder ser intensamente produtivo sem nada reter para si; poder agir sem se peder na atividade; poder guiar outros sem os constranger - quem isso pode fazer é um sábio.

A essência se revela em todas as existências

E não é possível contentar o ego.
Se eu pudesse libertar-me do ego,
Não haveria mais dissabores.

"O ego é o pior inimigo do Eu, mas o Eu é o melhor amigo do ego... O ego é um péssimo senhor, mas é um ótimo servidor".

A certeza vem da evidência imediata da própria Realidade.

Quem sempre conserva a quietude
É senhor também da inquietude.

O verdadeiro sábio está sempre disposto a ajudar o menos sábio. A suprema sabedoria tolera de boa mente ser tachada de loucura. Não necessita ostentar grandeza quem é realmente grande.

O verdadeiro poder nasce de dentro do homem.

O que vale é o que o homem é, não o que o homem diz ou faz ou tem.


... ao sábio não interessa a força,
Não se arvora em dominador,
Não usa de violência.

Mas o homem racional-espiritual sabe que o espírito é o maior poder, que não necessita de violência, porque violência é prova de fraqueza.

Sabedoria é paz e amor.

Toda a física é uma manifestação parcial da metafísica total.

Inteligente é quem outros conhece;
Sapiente é quem se conhece a si mesmo.
Forte é quem outros vence;
Poderoso é quem se domina a si mesmo.
Ativo é quem muito trabalha.
Rico é quem vive contente.
Firme,é quem vive em seu posto.
Eterno é quem supera a morte.

Os sábios sabem que toda a sabedoria
Radica na simplicidade.

O Ser é eterno, sem princípio nem fim.

Quem é iluminado por dentro
Parece escuro aos olhos do mundo.
Quem progride interiormente
Parece ser um retrógrado.

Quem age egoicamente
Está morto
Antes de morrer.

O homem espiritual não é necessáriamente rico, como ensina um superficial pragmatismo. Mas é sempre feliz.
Como para um sábio é difícil ser rico - assim ara um rico é difícil ser sábio.

Toda a fonte da sabedoria está no interior do homem. O mundo externo pode apenas servir de estímulo para despertar a realidade interna do homem: mas não é a fonte e causa da sabedoria.O íntimo Ser do homem é infinitamente maior do que o externo ver, ouvir, sentir e ter. Por isso, deve o homem concentrar-se no seu interno ser - e conhecerá todos os mundos externos. Sem essa interiorização, pode o homem ver todas as coisas externas sem compreender nada - assim como um analfabeto pode folhear os maiores livros da humanidade sem entender nada.

O destino humano, sua felicidade ou infelicidade, depende do livre-arbítrio do homem.

Excerto do Tao Te Ching comentados por Huberto Rohden

sábado, 19 de junho de 2010

Você é uma consciência


Podemos definir a consciência como sendo "a experiência de ser". Você é portanto um Ser que vive a experiência de ser. Você sempre foi isso, e sempre o será. Enquanto na sua forma humana, você apelida-se a si próprio um Ser "Humano".
A consciência pode igualmente ser descrita como uma forma de energia. Por vezes é conhecida como "energia vital". Quando a consciência ou a energia vital abandonam o corpo, este morre.


Aquilo a que aludimos como sendo o seu corpo físico não é quem você é, mas antes e apenas um veículo para a sua consciência. Simultâneamente, ele é uma extensão, um aspeto mais denso da sua consciência/energia, e por essa razão ele reflete igualmente as condições da consciência que você é.
Juntos, você e o seu corpo (corpos, se incluirmos os corpos subtis) constituem um sistema energético, ou seja, diferentes densidades de energia, diferentes frequências de vibrações que se encontram numa relação dinãmica umas com as outras.
Uma alteração na consciência provoca uma alteração no campo energético. Uma alteração no campo energético surge antes que ocorra alguma alteração no nível físico. Assim sendo, podemos afirmar que há uma direção da manifestação que se dirige da consciência para o campo energético e deste para a estrutura física, para o corpo.
Quando olhamos para o processo desta forma, torna-se claro que não é o corpo físico que cria o campo energético, mas o campo energético, que é o efeito da consciência, que cria o corpo físico.
Aquilo que apercebemos como sendo o corpo físico é o resultado final de um processo que começa na consciência.
A consciência, o campo energético e o corpo físico encontram-se todos num estado de equilíbrio em relação uns aos outros.

Extraído do livro "Tudo Pode Ser Curado" de Sir Martin Brofman

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Descondicionamento

Descondicionamento é um conjunto de técnicas que tem como objetivo libertar o ser humano de todos os condicionamentos quer eles sejam de ordem mental, emocional ou até espiritual, restituindo-lhe assim o poder de transformar a sua vida de acordo com a sua vontade e verdadeiras necessidades.

Esses condicionamentos são o resultado de:

- perca de contato com a sua verdadeira essência, com o seu Eu Superior, ou por outras palavras consigo mesmo, auto-abandono
- emoções negativas,
- condicionamentos crónicos de vária ordem,
- ligações eletromagnéticas fortes com o as pessoas e o ambiente que o rodeiam,
- crenças e padrões de pensamento que funcionam contra a sua sobrevivência e que foram auto-instalados ou induzidos pelo exterior,
- em muitos casos, efeitos adversos resultantes de exposição prolongada a drogas e medicamentos,
- em outros casos, exposição a vários tipos de anestesias, locais e gerais
- bloqueios de energia
- etc.

Através do Descondicionamento, é possível ajudar um parente ou um amigo que se encontre numa situação de vida desconfortável e, não disponha das condições necessárias para executar os procedimentos exigidos para a resolução da mesma (ex. uma criança bem jovem, um bebé, ou alguém em idade já avançada ou cuja condição mental seja "limitada").

A única condição necessária para ajudar neste tipo de situação, é uma firme disponibilidade para trabalhar diáriamente, até serem alcançados os resultados desejados e possíveis.

Descondicionamento é ainda uma excelente ferramenta de autoconhecimento, ideal para aqueles que se encontram nessa via e procuram uma forma simples e autêntica de alcançá-lo.

Descondicionamento resulta de uma síntese entre o conhecimento das tradições orientais como a medicina tradicional chinesa, os chakras, a meditação, e o conhecimento ocidental como, por exemplo, a endocrinologia, a psicanálise, a psicologia, o eletromagnetismo, a física quântica, o Eneagrama, etc.

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Cure o mundo

"Pense sobre as gerações e eles dizem:
Nós queremos fazer dele um lugar melhor
Para nossos filhos
E filhos dos nossos filhos.

Para que eles saibam
Que é um mundo melhor para eles
E acho que eles podem
Torná-lo um lugar melhor.


Há um lugar no seu coração
E eu sei que é amor
E este lugar pode ser
Muito mais brilhante do que amanhã

E se você realmente tentar
Você verá que não há necessidade de chorar
Neste lugar você vai sentir
Que não há mágoa ou tristeza

Há maneiras de chegar lá
Se você se importa o suficiente com a vida
Faça um pouco de espaço
Faça um lugar melhor

Cure o mundo
Torne-o um lugar melhor
Para você e para mim
E toda a raça humana

Há pessoas morrendo
Se você se importa o suficiente com a vida
Torne-o um lugar melhor
Para você e para mim

Se você quer saber porque
Há amor que não pode mentir
O amor é forte
Ele só se importa de dar alegria

Se tentarmos, vamos ver
Nesta aventura, não podemos sentir medo ou temor
Nós paramos de existir e começamos a viver

Em seguida, ele sente que sempre
O amor é suficiente para nós crescermos
Então faça um mundo melhor
Faça um mundo melhor

Cure o mundo
Torne-o um lugar melhor
Para você e para mim
E toda a raça humana

Há pessoas morrendo
Se você se importa o suficiente com a vida
Torne-o um lugar melhor
Para voce e para mim

E o sonho em que fomos concebidos
Vai mostrar um rosto alegre
E o mundo em que sempre acreditamos
Brilhará novamente em graça

Então por que continuamos estrangulando a vida
Ferido a terra, crucificando a alma
Embora seja fácil de ver
Este mundo é celestial, é brilho de Deus

Nós poderíamos voar tão alto
Nunca deixe nossos espiritos morrer
No meu coração eu sinto
Que são todos meus irmãos

Criar um mundo sem medo
Juntos nós vamos chorar lágrimas felizes
Veja as nações transformar as suas espadas
Em arados

Nós realmente poderíamos chegar lá
Se você se importou o suficiente com a vida
Faça um pouco de espaço
Para fazer um lugar melhor

Cure o mundo
Torne-o um lugar melhor
Para você e para mim
E toda a raça humana

Há pessoas morrendo
Se você se importa o suficiente com a vida
Torne-o um lugar melhor
Para voce e para mim [3x]

Há pessoas morrendo
Se você se importa o suficiente com a vida
Torne-o um lugar melhor
Para voce e para mim[2x]

Para você e para mim (Torne-o um lugar melhor)[3x]

Para você e para mim(Cure o mundo em que vivemos)
Para você e para mim (Salve-o para os nossos filhos)

Texto traduzido de "Heal the world" de Michael Jackson

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Da Iridologia "Física" à Iridologia Integral


A íris é um fabuloso “espelho”, onde podemos ver refletido as sutilezas da vida.
Através da íris podemos ver como transformar os desequilíbrios emocionais, físicos, mentais e espirituais.
Conheci a Iridologia há mais de vinte anos quando buscava respostas para algumas dificuldades que estava a atravessar. As fontes que contatei não foram talvez as melhores e fiquei desapontado com a experiência. Parecia uma forma de adivinhação sobre doenças e pouco mais.
Faz agora aproximadamente dois anos quando tive a oportunidade de assistir a uma palestra sobre Iridologia e as Diáteses (segundo Trousseau a Diátese é uma predisposição congênita ou adquirida, porém essencial e invariavelmente crônica, em virtude da qual se produzem alterações múltiplas na forma, porém, únicas na essência) e me voltei a interessar pelo tema.
Pesquisei na net e constatei que ia realizar-se no ano seguinte (2009) um curso de Iridologia Integral em Florianópolis com um dos maiores especialistas da atualidade em Iridologia, o Prof. Clodoaldo Pacheco.
Fiz a formação que foi excelente e a partir daí integrei a Iridologia no meu atendimento como forma de análise da condição física, mental e emocional.
Recentemente tive a oportunidade de conhecer o Dr. Daniele lo Rito também ele uma das maiores sumidades mundiais em Iridologia, num curso sobre Biografia Humana e sua demonstração através da Íris.
Foi mais uma fantástica experiência que veio reforçar em mim o papel que a Iridologia desempenha atualmente, como excepcional ferramenta nas áreas da saúde e do auto-conhecimento.
Hoje através da observação e da análise da íris é possível obter uma compreensão profunda do ser humano nas suas diversas dimensões, física, mental, emocional e até espiritual.
A partir de uma correta análise da íris existem diversas abordagens que podem ser utilizadas com o objetivo de ajudar o ser humano a voltar à condição de equilíbrio.
Entre elas utilizamos com excelentes resultados, principalmente o Descondicionamento e a Terapia Flor de Íris, entre outras.
A íris nos leva da compulsão à dádiva, da divisão à totalidade.
O VERDADEIRO AMOR É INCONDICIONAL

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Apontamentos sobre o Eneagrama


O homem esquece-se de si mesmo sem cessar. Sua impotência em lembrar-se de si é um dos traços mais característicos de seu ser e a verdadeira causa de todo o seu comportamento.
Vocês se esquecem sempre de si mesmos, vocês nunca se lembram de si mesmos. Vocês não sentem a si mesmos; vocês não são conscientes de si mesmos.
...
Para chegar a observar verdadeiramente, é necessário, antes de tudo, lembrar-se de si mesmo.
Não nos lembramos de nós mesmos, vivemos, agimos e raciocinamos dentro de um sono profundo, dentro de um sono que nada tem de metafórico, mas é absolutamente real; e, no entanto, podemos nos lembrar de nós mesmos, se fizermos esforços suficientes; que podemos despertar.
A lembrança de si mesmo é a chave que nos permite compreender que não somos nossas "máscaras" (personalidades), que elas não são o ser real e que é possível observar nosso "traço ou defeito principal" compreendendo que podemos chegar a transmutá-lo em seu oposto "virtuoso"
Uma das características fundamentais da atitude do homem para consigo mesmo e para com os que o rodeiam [é] sua constante identificação com tudo o que prende sua atenção, seus pensamentos ou seus desejos e sua imaginação. A Identificação é um traço tão comum que, na tarefa da observação de si, é difícil separá-la do resto. O homem está sempre em estado de identificação;apenas muda o objeto de sua identificação.
O único modo de superar a identificação é aprendendo a desidentificar-se, já que sómente desta maneira se poderá conseguir a "lembrança de si": ... para aprender a não se identificar, o homem deve, antes de tudo, não se identificar consigo mesmo, não chamar a si mesmo 'eu', sempre e em todas as coisas. Deve lembrar-se de que existem dois nele, que há ele mesmo, isto é, um 'eu' (o verdadeiro ser, o observador) e o outro (a máscara, o falso eu), com quem deve lutar e a quem deve vencer se quiser alcançar alguma coisa. Enquanto um homem se identifica ou é suscetível de identificar-se, é escravo de tudo o que lhe pode acontecer. A liberdade significa antes de tudo: libertar-se da identificação.
A consideração interna é um pensar, refletir, examinar, imaginar, somente voltado ao sujeito que considera e relaciona tudo apenas com suas "necessidades". Não existe um pensar "considerando o que está fora" do sujeito, ou seja, considerando as pessoas, as situações, as necessidades, os sentimentos e estados de ânimo dessas pessoas, desses outros. A consideração interior é como um muro que nos separa da realidade tal qual ela é. A consideração interna não nos permite agir de acordo com as mudanças, as nuances, apenas podemos enxergar nossas"ideias", nossas "opiniões", nossos "medos". Na consideração interior também existe uma "projeção" ao exterior daquilo que eu sinto, penso ou acho de uma situação dada. Um dos poderes de "Maia" é fazer as coisa aparecerem como elas não são.
Temos duas vidas, uma interior e outra exterior, por conseguinte temos duas espécies de consideração.
Devemos parar de reagir interiormente, aquele que conseguir isso será mais livre.
O melhor meio de ser feliz nessa vida é poder considerar sempre exteriormente - nunca interiormente.
Todos temos, em maior ou menor grau, algo de todos os "Traços" e suas combinações, sendo que, um deles é o mais "forte" e característico.
O homem não tem 'Eu' individual. Em seu lugar há centenas e milhares de pequenos 'eus' separados, que, na maior parte das vezes, se ignoram, não mantêm nenhuma relação entre si ou, ao contrário, são hostis uns aos outros, exclusivos e incompatíveis. A cada minuto, a cada momento, o homem diz ou pensa 'Eu'. E a cada vez seu 'eu' é diferente.... O homem é uma pluralidade. O seu nome é legião.
O Traço principal seria,entre todos os "eus' que habitam nosso mundo interior, o "eu" falso mais forte, aquele que comanda a "máscara"/persona.
A grande conquista interior passa necessáriamente pelo controle, transmutação(ou até a "morte" de alguns deles) e governo de todos os pequenos "eus" por um único "Eu", permanente, reflexivo e consciente. Isto é o que torna "indivíduo" (sem divisões interiores), aquele que conquista a "máscara" ou personalidade. Enquanto o Traço Principal não for conquistado, o comando da "personalidade" ficará a cargo de um "falso eu" e de todos os que a eles estão atrelados. Sómente o profundo conhecimento de si mesmo poderá devolver o comando da persona ao "verdadeiro Eu"
Quando nos tornamos conscientes de nosso Traço Principal e consciente dos demais "eus" que habitam nosso complexo e labiríntico mundo interior, quando podemos ser conscientes dos "eus" que, sem ser os principais, também influenciam no "esquecimento de si mesmo", na "identificação" e na "consideração interna", aí então é que o Eneagrama se torna verdadeiramente valioso e supera os limites de uma mera "tipologia psicológica".

baseado nas obras de Khristian Paterhan, Gurdjieff e Ouspensky

terça-feira, 18 de maio de 2010

Iluminação - O que é?

Havia mais de trinta anos que um pedinte se sentava na berma de uma estrada. Um dia, passou por ali um estranho. “Alguma moedinha?” pedinchou o pobre, estendendo automaticamente o seu boné de basebol. “Não tenho nada para te dar”, disse-lhe o estranho. Depois perguntou: O que é isso em que te sentas?” “Nada”, respondeu o pedinte. “Apenas uma caixa velha. Sento-me nela desde que me lembro.” “Algum dia viste o que tem dentro?” tornou o estranho. “Não”, respondeu o pobre. “De que me serviria? Não há nada lá dentro.””Vê o que tem dentro”, insistiu o estranho. O pedinte conseguiu forçar a tampa. Com surpresa, incredulidade e exaltação, verificou que a caixa estava cheia de ouro.

Eu sou aquele estranho que não tem nada para te dar, mas que te diz para olhares para dentro. Não para dentro de uma caixa qualquer, como na parábola, mas para dentro de uma coisa ainda mais próxima: para dentro de ti próprio.
“Mas eu não sou um pedinte”, dirás tu.
Todos aqueles que não encontraram a sua verdadeira riqueza, que é a radiosa alegria de Ser e a paz profunda e inabalável que a acompanha, são pedintes por maior fortuna material que possuam. Esses, para terem valor, segurança ou amor, procuram fora de si farrapos de prazer ou de realização pessoal, enquanto que dentro possuem um tesouro que, não só inclui todas aquelas coisas, mas é também infinitamente maior do que tudo o que o mundo tem para lhes oferecer.

A palavra iluminação invoca a idéia de uma realização sobre-humana, e o ego gosta de a manter dessa forma, mas ela não é mais do que o teu estado natural de unicidade sentida com o Ser. É um estado de ligação com alguma coisa de incomensurável e indestrutível, com uma coisa que paradoxalmente, tu és essencialmente e, no entanto, é muito maior do que tu. É encontrares a tua verdadeira natureza por detrás de um nome e de uma forma. A incapacidade de sentires essa ligação dá origem à ilusão de separação, tanto de ti próprio como do mundo à tua volta. Tu tens então a percepção de ti próprio, consciente ou inconscientemente, como um fragmento isolado. Surge o medo, e o conflito interior e exterior torna-se uma norma.
Gosto da definição simples que Buda deu da iluminação: “o fim do sofrimento”. Não há nada de super-humano nisto, não é verdade? É certo que, como definição, é muito incompleta. Apenas te diz o que a iluminação não é: não é sofrimento. Mas o que resta quando deixa de haver sofrimento? Buda mantém silêncio quanto a isso, e o seu silêncio significa que tens de o descobrir sozinho. Ele utiliza uma definição negativa para que a mente a não possa transformar numa coisa a acreditar ou numa realização sobre-humana, numa meta que não possas alcançar. Apesar desta precaução, a maioria dos budistas ainda acredita que a iluminação é para Buda, não é para eles, pelo menos na vida presente.

Empregou a palavra Ser. Pode explicar o que entende por isso?

O Ser é a Vida Única, eterna e sempre presente para além da miríade de formas de vida sujeitas ao nascimento e à morte. No entanto, o Ser não está apenas para além de, está igualmente dentro de, cada forma como sua essência mais profunda, invisível e indestrutível. Significa isto que lhe tens acesso agora sob a forma do teu Eu mais profundo, da tua verdadeira natureza. Mas não procures agarrá-lo com a tua mente. Não tentes compreendê-lo. Só o poderás conhecer quando a tua mente estiver aquietada. Quando estiveres presente, quando a tua atenção estiver plena e intensamente no Agora, o Ser poderá ser sentido, mas nunca poderá ser compreendido mentalmente. A iluminação é recuperar o conhecimento do ser e manter-se nesse estado de “sentir –percepção”.


Retirado da obra de Eckhart Tolle "O Poder do Agora"

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Fontes do Descondicionamento


Zamolxis, ...prossegue, "que se tu não deves tentar curar os olhos sem a cabeça, ou a cabeça sem o corpo, então também não deverias tentar curar o corpo sem a alma; e esta," disse ele "é a razão pela qual a cura de muitas doenças é desconhecida para os médicos de Hellas, porque eles são ignorantes do todo, que deveria ser estudado também, pois a parte nunca pode estar bem a menos que o todo também esteja bem."

Para o bem e para o mal quer seja no corpo quer na natureza humana, origina-se, como ele declarou, na alma, e transborda daí, como se da cabeça para os olhos. E portanto se a cabeça e olhos estão bons, deverá começar por curar a alma; essa é a primeira coisa a fazer."Não vamos permitir que alguém" disse ele, "o persuada a curar a cabeça, antes que lhe dê a sua alma para ser curada..."

Citando Platão em Cármides ou Do Conhecimento:

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Os Terapeutas do Deserto

(texto baseado na obra de Jean-Yves Leloup)

O homem desperto não é o homem extraordinário, fantástico que tem um grande poder.

Um discípulo diz a Buda:
Pratiquei muito o domínio da matéria e agora posso andar sobre as águas. Estou muito feliz! Espiritualmente, a que nível cheguei? Que vale esta realização? Qual o valor deste poder?

Buda lhe responde:
Vá perguntar o preço da passagem ao barqueiro, na margem do rio.

Fazendo o que Buda lhe pediu viu que não era muito caro, que não valia muito.
...
O que se passa para que um de nós que tem uma vida considerada normal, queira de repente, mudar de vida?

Uma mudança de vida será uma travessia de sombra e de luz, com momentos de imensa felicidades e momentos de aflição e solidão. Porquê então querer mudar?

Porque passamos por uma experiência limite de felicidade ou de sofrimento. Na maior parte das vezes o motivo é este último, o mergulho na sombra.

Aí procura alguém que o possa esclarecer sobre o que acaba de lhe acontecer. A função dessa pessoa é em primeiro lugar tranqüilizar sobre o que está a acontecer.

Deverá ser também um guia espiritual, que não somente escuta e interpreta, mas também nos dá diferentes meios, exercícios e práticas que vão permitir retomar o contato com essa experiência inesperada e integrá-la em nossa existência.

O papel do terapeuta ou do acompanhante espiritual é sempre de nos recolocar e marcha. E nessa marcha passamos de uma imagem de nós mesmos, à qual podemos nos apegar, a uma outra imagem de nós mesmos, mais profunda, mais real. Isto supõe que sejamos capazes de abrir mão do antigo. E por isso, às vezes, necessitamos de acompanhamento.

Reencontrar o nosso desejo mais íntimo. Não o que meus pais desejaram para mim, não o que deseja a sociedade, mas o que eu realmente desejo. O terapeuta, por sua escuta, por sua inteligência e sua compaixão, pode acompanhar alguém em direção à sua própria palavra, não a palavra repetida ou aprendida, mas a palavra do seu ser profundo. E vai acompanhar seu amigo no caminho em direção ao seu próprio desejo.

Vá para você mesmo. Eu estou com você! Não se trata de falar no lugar da pessoa, de pensar em seu lugar, não se trata de desejar em seu lugar. Trata-se de descobrir o seu próprio desejo e a sua própria palavra.

O terapeuta é aquele que, através da fraternidade, com todas as dimensões do ser, cuida também desse processo de síntese que está operando em cada um de nós, nos momentos de alegria e nos momentos de crise.
...
A sombra é a parte reprimida de nós mesmos. Falar muito de luz atrai muita sombra.

Não há caminho para a luz que não faça a travessia da sombra. Não se trata de procurá-la, não se trata de se comprazer nela, trata-se de atravessá-la. Na natureza fascinante e bela ou na natureza aterradora e destruidora há também a experiência da arte.

O objetivo desse trabalho com a sombra em uma dimensão ou outra do nosso ser é um trabalho de lucidez, é o trabalho do herói que enfrenta seus monstros interiores, que enfrenta os seus medos. Mas isso é feito para que nasça o ser autêntico, o ser centrado, no ser Essencial.
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As novas idéias são primeiro ignoradas, depois ridicularizadas, depois violentamente combatidas e enfim adotadas pelos que sempre as combateram e que passam a dizer: eu sempre falei isso...
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Talvez o ser humano seja a maior descoberta deste século!